Mais pessoas tornaram-se vítimas da violência do trânsito entre janeiro a abril deste ano. Um levantamento realizado pelo Corpo de Bombeiros de Sinop aponta que o total de acidentes registrados entre janeiro a abril somou 273, entre motociclísticos, automobilísticos e atropelamentos. O número é 36,5% superior ao mesmo período de 2007.
A imprudência dos motoristas, associada a falta de atenção, desrespeito às leis de trânsito, ainda são apontados como maiores motivos deste crescimento. Os números referem-se ao perímetro urbano de Sinop e compreende também parte das rodovias de acesso a Santa Carmem, Vera, Juara e Cláudia, além da BR-163.
No quadrimestre, março apresentou situação mais crítica, com 95 registros. Abril somou 84, fevereiro 51 e janeiro 43. Por outro lado, os primeiros quatro meses de 2007 computavam 60 acidentes em março, 48 em abril e fevereiro e 44 em janeiro. Situações envolvendo motoclistas predomiram.
Para o secretário de Trânsito e Transportes Urbanos de Sinop, Atila Wanderley da Silva, a realidade é reflexo dos vícios dos condutores. “Devemos levar em consideração que a maioria dos acidentes estão ocorrendo fora da área central. Uma prova de que quanto mais se aumenta fiscalização, mais se reduz o número”, declarou, ao Só Notícias.
“O problema é que temos de pensar pelos condutores, e deveria ser o contrário. Motorista consciente é igual a redução”, enfatizou. Silva explica ainda que o crescimento da frota de veículos também contribui com as estatísticas. “Aliado a tudo isto, a imprudência e o desrespeito às leis de trânsito. É o que chamamos de vícios do condutor”, lembrou.
O secretário, que já esteve a frente dos bombeiros nos últimos anos, lembra ainda que por mais que campanhas de trânsito sejam realizadas, é preciso haver consciência dos motoristas. “Campanhas são válidas, mas temos um agravante, a mudança de postura do condutor cheio de vícios. Isto leva tempo”, salientou.
O sargento dos bombeiros Paulo Crivelli acrescenta ainda que o crescimento da cidade também reflete nos acidentes. “Sempre que aumenta o tamanho da cidade, cresce o total de acidentes. Está diretamente ligado”, argumentou.