A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, ontem, o segundo levantamento do ciclo agrícola 2009/10. Alguns números apresentados pela estatal neste último estudo sofreram atualização, isto é, para mais ou para menos, de acordo com as diferentes variáveis no tocante a área, produção e produtividade. Se os cálculos se confirmarem, a safra total ficará entre 139,04 milhões e 141,69 milhões de toneladas.
O Paraná continua no topo da produção agrícola. A colheita de diferentes culturas no próximo ano pode render ao Estado um produto final de até 29,5 milhões de toneladas para uma área (em mil hectares) que pode variar entre 8.842,4 a 8.986,3. No primeiro levantamento de safra a Conab havia indicado que o resultado final neste Estado poderia alcançar os 29,6 milhões de toneladas.
O Mato Grosso, assim como no estudo anterior, figura na vice-liderança do ranking nacional. O cultivo de diferentes espécies pode atingir 27,1 a 27,4 milhões de toneladas. Ambas projeções são menores que 2008/09 quando foram obtidos 28,2 milhões. No entanto, assemelham-se com os valores indicados no levantamento passado da Conab.
Se por um lado Mato Grosso perde a dianteira na produção nacional de alimentos, por outro continua na primeira colocação em algumas culturas como, por exemplo, a soja. A Conab calcula entre 17,9 a 18,1 milhões de toneladas, sendo o maior volume dentre as demais unidades da federação. A área destinada à oleaginosa pode crescer entre 1,5% a 3% (mesmo nível do primeiro levantamento).
De acordo com a Conab, os principais fatores que induziram o produtor a ampliar a área de cultivo são o menor custo por hectare, comparativamente ao do milho, principal concorrente; baixos preços do milho; a maior liquidez e a expectativa de rentabilidade positiva, apesar de menor do que na safra anterior.
Mato Grosso também continua como principal produtor do milho segunda safra, que em 2009/10 pode alcançar a marca de 6,5 milhões de toneladas; caroço de algodão (873,1 mil toneladas); algodão em pluma (558,2 mil toneladas); algodão em caroço (1,4 milhão de toneladas).
Para constituir suas estatísticas a Conab leva em conta o desempenho no campo de produtos como o caroço de algodão, amendoim (1ª e 2ª safras), arroz, aveia, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), girassol, mamona, milho (1ª e 2ª safras), soja, sorgo, trigo e triticale.