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Nove adolescentes são aprendidos em operação contra menores infratores em Cuiabá e Várzea Grande

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As Delegacias Especializadas do Adolescente (DEA) de Cuiabá e Várzea Grande, deflagrara, entre os dias 15 a 19 de janeiro, a Operação Adolescer, para cumprimento de 23 ordens de busca e apreensão contra menores infratores. Entre eles, 15 mandados expedidos pela Comarca de Várzea Grande e oito mandados referentes a procedimento da Comarca do Cuiabá.

Os trabalhos resultaram na apreensão de nove adolescentes, sendo cinco em Cuiabá e quatro em Várzea Grande. A ação faz parte do planejamento operacional das unidades. Além do cumprimento de mandados, as ações contam ainda com atividades preventivas como palestras e rodas de conversas nas escolas de Cuiabá, Várzea Grande, devendo se estender até ao Distrito da Guia.

Segundo a estatística do observatório de violência da secretaria estadual de Segurança Pública, os atos infracionais relacionados à quadrilha teve um aumento de 900% em Várzea Grande em 2023, o ato infracional relativo à tentativa de homicídio cresceu 200% seguidos de porte, de arma com 100 % de aumento. A partir deste perfil, e traçando-se ainda uma análise quanto as regiões mais afetadas com índices de ato infracional, as unidades visam elaborar ações junto à comunidade em 2024.

A delegada titular da DEA, Jorzilethe Magalhões Criveletto, relatou que os os números remetem à necessidade de ações efetivas não somente no âmbito da repressão, mas de prevenção no trabalho com as crianças e adolescentes para que não sejam alvos fáceis na cooptação por organizações criminosas ou no uso de drogas, a qual é a principal base financeira dessas organizações.

“Também é preciso alertar esses jovens, sobre as consequências da prática do ato infracional, bem como, das medidas socioeducativas decorrentes dessa prática que podem ser impostas a eles”, disse a delegada. Já na capital, um dos atos infracionais que mais cresceram foi a extorsão mediante sequestro com 150% de aumento, e a importunação sexual, com 117% de aumento.

“Este último dado chama à atenção para a necessidade do trabalho de prevenção em relação à violência de gênero contra meninas e adolescentes, as quais sofrem abusos, constrangimentos, e a própria violência sexual, praticados por outros adolescentes que, apesar de ouvirem falar sobre a Lei Maria da Penha, sobre a Lei da Importunação Sexual, continuam reproduzindo machismos, padrões culturais desprovidos de respeito e sempre tentando objetificar o corpo da mulher”, destacou Jozirlethe.

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