A piracema encerrou no dia 28 de fevereiro e a pesca está liberada até novembro. Nas três ultimas semanas, vem sendo registrado o aumento no número de pescadores nos rios de Nova Mutum. O principal destino é o Rio Arinos, localizado há cerca de 40 km da cidade, na divisa com os municípios de Diamantino e São José do Rio Claro.
Os especialistas no assunto apontam duas razões para o despertar da vontade de pescar. O primeiro diz respeito ao nível dos rios, que está mais baixo e às águas estão mais claras, o que facilita a pesca de barranco. O segundo motivo é a disponibilidade de tempo registrada nesse período de entressafra, o que possibilita a organização de acampamentos e a permanência por vários dias na beira do rio.
Mas, apesar de não ser período de piracema, alguns critérios precisam ser observados por quem gosta de pescar. De acordo com a lei da pesca, 7.881/2002, existe um tamanho e peso adequados para que os peixes possam ser tirados da água, quantidade máxima fisgada (10kg + 1 exemplar) e ainda a necessidade da carteira de pescador. A ausência da mesma, pode gerar multas que variam de R$ 500 a R$ 2 mil.
O superintendente regional da Sema em Sinop, Edu Roberto do Amaral, destacou que equipamentos como espinhéis e redes são proibidos. “É liberada apenas a pesca com linha de mão, seja no barranco ou no barco”, disse. Além disso, ele lembra que no caso da pesca embarcada o piloto precisa ter sua carteira Arrais.
A regional da Sema acompanha a atividade pesqueira em 15 municípios do Médio Norte e Norte de Mato Grosso e a dificuldade no que se refere a recursos humanos e equipamentos para fiscalização é uma realidade. Entretanto, o superintendente lembra que as pessoas precisam ter consciência de preservação. “Arbitrariedades cometidas hoje vão ter os efeitos revelados dentro de poucos anos”, disse.
Devido as suas condições, a Sema atende basicamente através de denúncias. Para isso disponibiliza os telefones 66-3531-5625 e 66-9984-8259. Além do Arinos, Nova Mutum conta com outros rios piscosos em sua bacia hidrográfica. É o caso do Rio dos Patos, Rio Ranchão, Rio Novo e Rio Piúva.