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Nortão: trio é condenado a 283 anos pelas mortes de fazendeiro, filho e mais 2

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Rogério Pessoa Freire, Jiovani da Silva Lima e Joab da Silva Pontes foram condenados a 283 anos prisão (somadas todas as penas) em regime fechado, ontem, em júri popular realizado na Câmara de Guarantã do Norte (210 quilômetros de Sinop). Os jurados se convenceram que eles mataram o fazendeiro Antônio Alfanaci Dias, 60 anos, o filho dele Anderson de Lima Alfanaci, 24 anos, e dos funcionários Wilson Silveira Santiago, 25 anos, e Célio Soares da Silva. Os crimes aconteceram no dia 17 de agosto de 2012, em Novo Mundo.

Individualmente, Rogério foi condenado a 97 anos e um mês; Jiovani, a 93 anos e um mês; e Joab, a 92 anos e um mês. O conselho de sentença acatou a maioria dos quesitos imputados aos réus pelo Ministério Público Estadual. O julgamento durou dois dias e foi encerrado, ontem, por volta das 23h30.

Os três foram pegos poucos dias após o crime e teriam conseguido entrar na fazenda após forjarem defeito em uma das motos em que estavam. São acusados de renderem pai, filho e o funcionário Wilson. O outro empregado, Célio, teria tentado escapar, no entanto, acabou sendo morto e o corpo foi jogado dentro de um buraco utilizado como depósito de lixo da fazenda.

As outras três vítimas foram levadas, na caminhonete de Antônio, a um local que seria utilizado como cativeiro. Às margens da linha Trevisan, foram obrigadas a deixar o veículo e seguir a pé, cerca de dois quilômetros, até um bananal à beira de um riacho. Ficaram deitadas de bruços enquanto os acusados pediam por dinheiro e cartão de crédito. A decisão de matar teria surgido após os suspeitos perceberem que as vítimas não tinham valores.

Conforme Só Notícias já informou, após cometerem os assassinatos, os acusados ainda procuraram a mulher de Antônio para cobrar o resgate. O fato foi registrado no dia 19 de agosto, quando um deles teria enviado uma mensagem de texto por meio do celular de outro, para a namorada dizendo: "amor fala pra mãe que eu tô vivo, em breve eles entra (sic) em contato com ela só depois que não tiver polícia".

Eles voltaram a aparecer no dia 21, teriam enviado uma série de mensagens à viúva de Antônio exigindo, inicialmente, R$ 6 milhões. Posteriormente, o valor foi reduzido a R$ 3 milhões. A viúva teria pedido uma prova de que as vítimas estivessem vivas e, como resposta, os suspeitos disseram que ela teria que pagar R$ 100 mil pela informação.

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