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Nortão: queimadas ameaçam assentamentos

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O fogo está destruindo o maior projeto de reforma agrária da América Latina. O distrito União do Norte, composto por 11 assentamentos, foi afetado pelas chamas iniciadas há cerca de 1 mês em Peixoto de Azevedo. Ao todo, mais de 30 mil hectares do município foram afetados e grande parte da produção agrícola dos assentamentos. Além de Peixoto, o Parque Nacional do Xingu também sofre com o período de queimadas.

Informações levantadas pela prefeitura local apontam 70% da bacia leiteira, 200 mil bananeiras e mais de 60 mil pés de abacaxis eliminados. A rapidez das chamas somada à ausência de chuva há mais de 120 dias complicam a situação das 15 mil pessoas do distrito. Outras plantações como de caju e mandioca também foram afetadas.

A dificuldade aumenta com a falta de comunicação no lugar, que não tem acesso a telefonia (móvel ou fixa), internet e até rádio. O secretário municipal de Meio Ambiente, Flávio Borges, está no local junto com equipes da Defesa Civil para promover um levantamento da área devastada. Somente ontem (18), foram registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) 59 focos de queimadas em Peixoto de Azevedo.

Para analisar a situação, foi criado um Comitê de Situação, em Brasília. O objetivo é colher informações sobre os estragos e mapear as áreas de maior risco. O comitê é formado por membros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (Funai), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

Xingu – O coordenador de Fiscalização do Parque Nacional do Xingu, Alopá Kaiabi, afirmou que há vários focos de queimada na região, mas a situação está complicada na região médio-norte do parque.

Segundo ele, o fogo ameaçou a aldeia da etnia Ikpeng, composta de aproximadamente 350 indígenas. “Foi um fogo alto, que só teve controle depois que um grupo de 14 brigadistas veio de Sinop”.

Outra área afetada é a de Kapoto Jarina, onde 15 brigadistas indígenas combateram o fogo. Existem focos de calor em 25 terras indígenas em Mato Grosso, mas Pará, Maranhão, Amazonas, Tocantins e Acre.

 

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