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Nortão: processo de suposto erro médico em procedimento cirúrgico deve ser concluído este ano

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O Conselho Regional de Medicina deve concluir, no período de 6 a 12 meses, o processo que investiga possíveis erros de um médico, que fez diversas cirurgias em pacientes para retirada de úteros, no hospital municipal em Tapurah (267 quilômetros de Sinop). De acordo com a assessoria do CRM, se comprovado o erro as penalidades podem ser desde uma censura privada, suspensão temporária, podendo chegar até a cassação do registro junto ao conselho.

Um dos casos envolveu uma vendedora autônoma que denunciou a situação na Polícia Civil e no Ministério Público. Ela contou que, em agosto do ano passado, realizou um procedimento cirúrgico para retirada do útero, no hospital municipal. Ela teria procurado novamente o profissional para reclamar de problemas, mas ele alegou que estava tudo normal. “Passei por todo os exames, foi identificado que estava com um mioma e precisava retirar o útero, mas incialmente não pude fazer esse procedimento porque tenho problemas cardíacos. Fiz outros exames com um cardiologista que me encaminhou para fazer a cirurgia em Sorriso. Porém, durante uma consulta com o médico aqui em Tapurah, ele se propôs a fazer no hospital municipal. Estava com muito medo de morrer e topei fazer o procedimento. Passei quatro dias internada no hospital esperando chegar uma anestesia especial. Fiz a cirurgia e depois disso ficou saindo muito líquido. Ele dizia que era normal e depois do sexto mês iria normalizar, mas continuou saindo”, explicou em entrevista anteriormente, ao Só Notícias.

A mulher explicou que voltou a procurar o médico e pediu para fazer um exame mais detalhado para identificar o que estava ocorrendo com a cirurgia dela. A vendedora contou que tomou um remédio, dormiu e acordou novamente operada sem o consentimento dela. “Quando me deitei a enfermeira começou a passar um gel na minha barriga, mas questionei porque o procedimento era pela vagina sem cortes. Novamente apontei para o médico que sou cardíaca e não podia usar anestesia comum. Mesmo assim, me aplicaram um soro. Quando acordei já estava toda cortada em uma cama em outro quarto. O médico disse que havia ficado com dúvidas da primeira cirurgia e, por isso, resolveu me abrir novamente para verificar o que havia ocorrido. Como não encontrou nada, novamente fechou os pontos. Até hoje, não sei o que foi encontrado dentro do meu corpo".

Na época, a secretaria municipal de Saúde suspendeu as cirurgias eletivas o hospital para apuração dos fatos. Também determinou a abertura de sindicância para apurar o ocorrido, bem como a responsabilidade sobre o caso. Além disso, contrato com o médico.

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