Agricultores familiares que não conseguiram assinar a proposta de adesão para renegociarem seus débitos oriundos das operações do Programa Nacional de Fortelecimento (Pronaf), têm até 14 de novembro para procurarem instituições financeiras. No Nortão, a semana foi de correria visto que muitos deixaram para a última hora. O prazo inicial para realizar o procedimento encerrava no último dia 31.
A agrônoma da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em Sinop, Waneska Kuviatz, acredita que o alongamento pode incentivar produtores que não haviam sido inclusos renegociação por perderem o tempo limite a se adequarem. “Muitos deixaram para a última hora, principalmente casos de Sinop”, declarou, ao Só Notícias/Agronotícias.
Waneska acrescenta ainda que o desafio é baixar a inadimplência dos agricultores, para que possam obter novas linhas de financiamento. Segundo ela, na região há alto índice de devedores, por outro lado, o número não está estimado. “Agora será a conscientiezacão”, acrescentou.
A medida acertada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), estendeu-se ainda aqueles que desejam renegociar dívidas do Crédito Fundiário, do Banco da Terra, da Cédula da Terra e do Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária (Procera).
O Ministério do Desenvolvimento Rural estima que no Brasil, cerca de 536 mil agricultores familiares e assentados deverão ser beneficados. A partir da assinatura do termo de adesão, os bancos analisam a situação de cada agricultor, para que até 31 de dezembro seja informado sobre a situação de sua dívida e possa optar pelo pagamento integral da dívida ou pela renegociação.
Os agricultores familiares que optarem por liquidar suas dívidas terão descontos que podem chegar a 90%, segundo o MDA.