O volume de apreensões durante a piracema nos municípios região Norte, que estão sob a jurisdição da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), de Sinop, apontou para uma realidade diferente de anos anteriores. Flagrantes não foram constatados, pescado irregular não foi encontrado, nem multas expedidas. As fiscalizações percorreram os principais rios, como Teles Pires, Verde, entre outros afluentes.
Durante os meses de proibição de pesca, foram retidos 530 metros de espinhéis, 14 redes, 4 tarrafas, 10 varas com molinete e 38 anzóis de galho. Todos os materiais devem ser encaminhados para a Sema, em Cuiabá. Para o supervisor regional Paulo Winter, os números deste ano demonstraram uma evolução dos trabalhos e maior conscientização da população.
“De forma geral, a frequência nos rios estava menor este ano. Isto significa que houve maior consciência da população. Não encontramos pescado, nem situações de flagrante, um resultado muito positivo”, declarou.
Ano passado, por outro lado, a piracema iniciou em 6 de novembro e terminou em fevereiro. Em alguns municípios do Nortão, foram aplicados R$400 mil em multas, além da apreensão de pescado e materiais irregulares.
Em Mato Grosso, este ano, conforme o balanço divulgado pela Sema, foram apreendidos 8.503 quilos de pescado irregular em 15 municípios, R$128.437 em multas aplicados, 33 inquéritos instaurados, 45 pessoas indiciadas, 19 presos em flagrante e, pela primeira vez, o indiciamento de um grupo por formação de quadrilha e corrupção de menores.
As apreensões de pescado foram mais expressivas nos municípios da Bacia do Alto Paraguai, onde se concentram mais de um milhão de habitantes distribuídos em 43 municípios e onde a fiscalização foi mais intensa.