Um trabalho de pesquisa iniciado em 15 de março de 1996, por um pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) Sinop está prestes a ser inserido em uma revista especializada do setor de base florestal de todo o Brasil, cuja tiragem ultrapassa os dez mil exemplares. A pesquisa revela a introdução de novas espécies a serem utilizadas para reflorestamento na região, gerando dividendos econômicos e em substituição a outras já adotadas por madeireiros.
A “Seleção de Espécies Florestais para o Norte de Mato Grosso” mensura a adoção, por exemplo, da Fava Barriguda, Tatajuba, Barjão e a Peroba-Mica. Conforme o engenheiro florestal Eliasel Vieira Rondon, responsável pelo trabalho, as quatro demonstraram resistirem as diferentes adversidades da região, como climas, pragas, entre outras condições necessárias ao crescimento.
Ele explica que algumas das variedades apresentaram índice de mortalidade abaixo da média registrada como do Pinho Cuiabano, Teka, Eucalipto, que podem ser substituídos. “O Pinho está com 75% de mortalidade, além ter sido atacado por várias doenças, enquanto a Fava-Barriguda tem volume de madeira excelente, suporta o solo ácido, resistente ao vento e não sofre ataque de broca”, declarou, ao Só Notícias.
“Vale ressalvar que o Pinho deve ser abatido no máximo com oito anos devido ao índice de mortalidade”, salientou o pesquisador. A pesquisa deve ser encerrada ano que vem, quando completarem 13 anos de análises.