Os Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) vão aguardar uma nova audiência, marcada para quarta-feira (3 de julho), com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para decidirem sobre a retomada ou não do bloqueio da BR-163, a aproximadamente 50 quilômetros de Sinop, sentido Itaúba. A decisão foi tomada após a reunião que ocorreu, esta tarde, na sede da Câmara de Cláudia (90 quilômetros de Sinop), no qual o Incra propôs agilizar a legalização dos assentamentos na região.
Um dos integrantes do movimento confirmou, ao Só Notícias, que o Incra ficou de encaminhar, até o dia 16 de julho, técnicos para vistoriar os assentamentos. Em função disso, as famílias decidiram aguardar. Porém, caso não ocorra um acordo a mobilização será retomada.
O MST, conforme Só Notícias já informou, fechou a rodovia por três dias seguidos, durante a semana passada (com intervalos), devido a construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Sinop, no rio Teles Pires, além da regularização de sete assentamentos. A construção deste empreendimento causaria o despejo de 200 famílias do assentamento 12 de Outubro. O movimento cobra uma solução com urgência, já que o leilão da usina está previsto para agosto.
Em um dos dias de manifesto, o congestionamento chegou a aproximadamente dez quilômetros. Para fugir do bloqueio, alguns motoristas usaram uma rota alternativa que passa por estradas vicinais no município de Cláudia que dá acesso a rodovia federal, porém, o trajeto aumentou cerca de 60 quilômetros.