A promotoria abriu um inquérito civil para apurar a falta de atendimento adequado a vítimas de violência doméstica em Colíder (165 quilômetros de Sinop). Consta na portaria, assinada pelo promotor Washington Eduardo Borrére, que “não há abrigo para atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica, bem como a ausência de mecanismos, ou seja, de infraestrutura suficiente na rede municipal para coibir a violência no âmbito das relações familiares, inclusive a praticada contra crianças e adolescentes”.
Ele justificou que o objetivo é investigar uma “eventual omissão da municipalidade (prefeitura) quanto à criação de mecanismos e inexistência de local adequado para abrigar mulher vitimada; ausência de veículos para levar mulheres à delegacia e ao atendimento médico, quando necessário; falta de infraestrutura na rede de saúde local para realização de eventual exame de corpo de delito; o fato de que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) sequer fora instalado no município e, por fim, a escassez de realização de palestras para a orientação às vítimas e aos infratores”.
Serão oficiados durante as investigações, o prefeito, o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e a Polícia Civil. Não foi apontado um prazo para encerramento do inquérito.
Outro lado
Procurada, a assessoria de imprensa da prefeitura de Colíder disse que iria se inteirar do assunto e buscar uma resposta.