sábado, 14/dezembro/2024
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Nortão: médicos recebem parte dos atrasados mas cirurgias continuam suspensas

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O Estado pagou os salários de abril dos médicos, que estavam quatro meses atrasados. Os vencimentos de maio foram pagos somente para algumas clínicas, como por exemplo, ortopedia e ginecologia. De acordo com uma fonte de Só Notícias, os profissionais permanecem atendendo somente casos de urgência e emergência enquanto todos não receberem. Ou seja, não retomarão o atendimento integral. Eles também cobram a programação de pagamento dos demais meses e que sejam pagos pelo menos dois, mês que vem.

“Estamos esperando que paguem o mês de maio esta semana para as clínicas que não receberam”, ressaltou. O atendimento, segundo ele, não tem como ser retomado em 100% por enquanto, porque o problema vai além dos salários. “Falta medicamento e equipamentos básicos para as cirurgias”, explica. As cirurgias eletivas, que nos tempos de funcionamento integral eram na média de 15 por dia, estão suspensas.

De acordo com a fonte, somados os valores dos quatro meses atrasados passa de R$ 3,5 milhões a dívida do Estado com os médicos. Os profissionais relataram que estavam sem receber os meses de abril, maio, junho e julho. O hospital atende moradores de 11 municípios da região Norte e já foi considerado modelo de gestão hospitalar no Estado, sendo referência em cirurgias eletivas ortopédicas, gerais e ginecológicas.

Em maio, o governo do Estado decretou intervenção administrativa nos hospitais de Colíder e Alta Floresta, gerenciados pelo Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas). A Comissão Permanente de Contratos constatou inadimplência por mais de 120 dias do Ipas com fornecedores, prestadores subcontratados pela Organização Social de Saúde no caso específico o Corpo Clínico dos hospitais e também o não pagamento de água, luz, materiais hospitalares, que resultaram no risco de paralisação das atividades dos hospitais e a precarização do atendimento à população.

A Secretaria Estadual de Saúde informou, através da assessoria de comunicação, que os salários atrasados são dívidas deixadas pelo Ipas, que administrou a unidade até o mês de maio. “Neste atual processo de intervenção, a secretaria colocou os salários em dia, neste período”, diz a nota.

 

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