O juiz da Vara Única da Comarca de Guarantã do Norte, Darwin de Souza Pontes, definiu para 11 de novembro, o júri de Rogério Pessoa Freira, Joab da Silva Pontes e Jiovani da Silva Lima, acusados de envolvimento nas mortes do fazendeiro Antônio Alfanaci Dias, 60 anos, do filho Anderson de Lima Alfanaci, 24 anos, e dos funcionários Wilson Silveira Santiago, 25 anos e Célio Soares da Silva, em 17 de agosto de 2012, em Novo Mundo (vizinho de Guarantã).
Na sentença de pronúncia, o magistrado decidiu que, nos interrogatórios, “os acusados confirmaram a agressão contra as vítimas. A ocorrência do delito é ainda confirmada pelas testemunhas ouvidas na instrução processual. Desta forma, está razoavelmente comprovada a existência do crime e os indícios da autoria”. Dois dos acusados trabalhavam na propriedade do fazendeiro.
Os três foram pegos poucos dias depois após o crime, teriam conseguido entrar na fazenda após forjarem defeito em uma das motos em que estavam. São acusados de renderem pai, filho e o funcionário Wilson. O outro empregado, Célio, teria tentado escapar, no entanto, acabou sendo morto e o corpo foi jogado dentro de um buraco utilizado como depósito de lixo da fazenda.
As outras três vítimas foram levadas, na caminhonete de Antônio, a um local que seria utilizado como cativeiro. As margens da linha Trevisan, foram obrigadas a deixar o veículo e seguir a pé, cerca de dois quilômetros, até um bananal à beira de um riacho. Ficaram deitadas de bruços enquanto os acusados pediam por dinheiro e cartão de crédito. A decisão de matar teria surgido após os suspeitos perceberem que as vítimas não tinham valores.
Após cometerem os assassinatos, os acusados ainda procuraram a mulher de Antônio para cobrar o resgate. O fato foi registrado no dia 19 de agosto, quando um deles teria enviado uma mensagem de texto por meio do celular de outro, para a namorada dizendo: "amor fala pra mãe que eu to vivo, em breve eles entra (sic) em contato com ela só depois que não tiver polícia".
Os suspeitos voltaram a aparecer no dia 21, teriam enviado uma série de mensagens à viúva de Antônio exigindo, inicialmente, R$ 6 milhões. Posteriormente, o valor foi reduzido a R$ 3 milhões. A viúva teria pedido uma prova de que as vítimas estivessem vivas e, como resposta, os suspeitos disseram que ela teria que pagar R$ 100 mil pela informação