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Nortão: justiça pode decidir por júri de PM acusado de atirar em médica no final do ano

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A Justiça da Comarca de Guarantã do Norte (240 quilômetros de Sinop) deve decidir em dezembro, se o ex-policial militar, 47 anos, acusado pelo Ministério Público Estadual de atirar contra a médica Valéria Lemelle Xavier, em setembro de 2012, na Unidade de Saúde Santa Maria, vai a júri popular. O andamento dos autos apontam que uma audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 17, quando as partes são ouvidas e provas recebidas.

No início do mês o ex-policial foi demitido da corporação. Na publicação, o comandado apontou que no caso “existem circunstâncias agravantes: prática simultânea ou conexão de duas o ou mais transgressões, ter praticado transgressão com premeditação; ter sido praticada transgressão em presença de público […] Isto posto, com base nos elementos de prova contidos nos presentes autos e nos termos da legislação especial em vigor”. O policial possui 21 anos de serviços prestados, 36 menções elogiosas, duas sanções disciplinares, sendo as duas detenções e estava classificado com comportamento ótimo.

A Justiça aceitou ainda em julho do ano passado denúncia contra o policial, oferecida pelo Ministério Público. A médica foi atingida no tórax, chegou a ficar internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em hospital de Sinop, e foi liberada dias depois.

De acordo com a denúncia, o  policial teria ido a unidade solicitando um atestado médico contendo informações do CID (Classificação Internacional de Doença) que o manteria afastado da sua função. Em nota, a Prefeitura expôs que a médica, que atendia como clínica geral, “informou que poderia dar a declaração, porém, o atestado dependeria de um médico neurologista, dando o encaminhamento necessário".

Insatisfeito com a resposta, o policial teria informado que faria uma denúncia à Secretaria de Saúde e feito ameaça. A médica informou que ligaria para a Polícia Militar. Conforme Só Notícias já informou, após ter feito a ligação a profissional pediu que o policial se retirasse da sala, foi quando ela se virou para chamar o próximo paciente, ele teria sacado a  arma e desferiu um disparo.  

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