A defesa não conseguiu anular o julgamento que resultou na condenação a 16 anos de cadeia para Reinaldo Costa Silva. Ele foi submetido a júri popular, no qual acabou condenado por matar Valdir Ferreira de Lima, 31 anos, em agosto de 2019, em uma residência no bairro Porto Seguro, em Juara (300 quilômetros de Sinop). A vítima foi assassinada com 43 facadas, na frente da ex-mulher do acusado, proprietária da residência onde ocorreu o crime.
Os jurados entenderam que o crime cometido foi homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Para a defesa, no entanto, a decisão foi “manifestamente contrária às provas dos autos” e, portanto, o julgamento deveria ser anulado. A advogada do réu ainda pediu, alternativamente, o afastamento das qualificadoras do motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Nenhuma das solicitações foi atendida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça. Ao analisar os pedidos, o relator Paulo da Cunha votou pelo desprovimento do recurso e foi seguido pelos demais desembargadores. “No caso em apreço, no entanto, ao contrário do que manifestado pela defesa, observa-se que o conjunto probatório dos autos é suficiente para subsidiar o veredicto prolatado pelo Tribunal Popular, mormente porque não há dúvidas quanto à autoria delitiva do apelante Reinaldo Costa Silva”, comentou o magistrado.
Conforme Só Notícias já informou, um investigador relatou que Reinaldo pulou o muro e entrou na casa pela janela dos fundos. Valdir estava dormindo, ao lado da ex-mulher do homicida, no momento em que foi atacado. Segundo o investigador, foi possível verificar sinais de sangue em diversos locais da casa, como quarto, sala e área.
Reinaldo foi preso no mesmo dia e encaminhado para a cadeia pública de Juara. Com ele, a Polícia Militar apreendeu um punhal usado no crime. Como a sentença foi fixada em regime fechado, o homicida segue preso.
