A juíza Daiane Marilyn Vaz decidiu manter na cadeia o principal suspeito de assassinar Adriana Pereira Gomes, 46 anos, em agosto deste ano, em Brasnorte (400 quilômetros de Sinop). A vítima foi atingida por um tiro nas costas e levada ao hospital pelo próprio acusado, com auxílio de um funcionário da fazenda onde ocorreu o crime. Ela, no entanto, não resistiu ao ferimento e faleceu antes de chegar à unidade médica.
Ao reanalisar a prisão preventiva do réu, que está na cadeia desde o dia do assassinato, a magistrada entendeu que “há perigo gerado pelo estado de liberdade do acusado consubstanciado na gravidade concreta do crime praticado, fundamentando a necessidade da prisão preventiva, como forma de garantia da ordem pública, mormente porque trata-se de crime de forte repercussão, que reflete na ordem pública e na paz social da pacata cidade de Brasnorte”.
O acusado foi preso pela Polícia Militar, ainda no hospital. Na unidade médica, ele declarou que Adriana havia passado mal, no entanto, após os médicos localizarem uma perfuração, acabou confessando que atirou na mulher acidentalmente. Na ocasião, foram apreendidas armas de fogo, acessório e munições.
Os policiais foram acionados por funcionários do hospital que detalharam que a mulher teria dado entrada com uma perfuração e que havia sido levada pelo próprio marido. Ao ser abordado pelos investigadores, confessou ter feito o disparo que atingiu a vítima, mas teria sido acidental, já que era apenas para “assustar a mulher”. O revólver de calibre 38 usado no crime estava no carro, na propriedade rural onde o casal morava, a cerca de 42 quilômetros da cidade.
Os funcionários da fazenda confirmaram que estavam próximos da vítima no momento do disparo, e ouviram Adriana falar que o marido teria atirado nela. Já outro funcionário foi quem ajudou a socorrê-la até a cidade e no hospital o suspeito admitiu que teria feito o disparo que atingiu Adriana.
O homem foi autuado em flagrante e encaminhado para o centro de detenção provisória, em Juína.