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Nortão: índios que protestaram em hidrelétrica esperam reunião com governo

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Representantes de várias etnias indígenas que protestaram na Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Dardanelos, em Aripuanã, mês passado, ainda aguardam audiência garantida, com representantes do governo federal, para que deixassem a obra. O coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Juína, Antônio Carlos Ferreira de Aquino, disse, ao Só Notícias, que a marcada para os dias 28 e 29 de junho, foi adiada, porque o ministro da Justiça José Cardozo teve problemas de saúde. A nova data ainda não foi definida.

Uma das reivindicações do indígenas seria participação de 5% nos lucros da produção de energia. Na audiência, a legalidade será debatida, bem como os direitos os índios e da empresa. Eles também querem a cessão de dois ônibus e a construção de moradias, que foram prometidas no Plano Básico de Meio Ambiente, para compensar os danos causados pela obra a cerca de 1 mil indíos da região. O acordo foi feito durante o processo de negociação para construção da usina. Os índigenas alegam que ele não foi cumprido.

Conforme Só Notícias informou, o empreendimento, que tem capacidade para gerar 261 megawatts de energia a partir do rio Aripuanã, foi concluído ano passado, após três anos de obras, mas ainda não está em operação. Falta viabilizar uma linha de transmissão ao Sistema Nacional de Energia.

Outro lado
A Empresa Energética Águas da Pedra (EAPSA), concessionária da UHE Dardanelos, emitiu comunicado em junho, esclarecendo que a empresa está rigorosamente adimplente com suas obrigações no Termo de Compromisso celebrado ano passado. Ela explica que o termo estabeleceu o desenvolvimento das ações conjuntas da empresa, governo do Estado e da prefeitura, em benefício das etnias Arara e Cinta Larga, nas áreas de Saúde, Educação, Proteção e Vigilância Territorial e Programas de Desenvolvimento Sustentável e Cultural.

A empresa informou, que já forneceu às etnias, barcos, motores de popa e caminhonetes e providenciou carteiras de habilitação e exames médicos não disponíveis na rede pública. A assessoria confirmou, que já foram entregues também os dois micrônibus e duas sedes, mobiliadas para associações. No comunicado, ela afirma que existem ações pendentes, mas que necessitam de assinatura de convênio. A empresa aponta que, o manifesto, tinha por objetivo pressionar ela e governo para firmarem o convênio, e que está empenhada para isso.

(Atualizada às 15h27)

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