Algumas cidades do Nortão registraram um crescimento alarmante no número de queimadas no ano passado, se comparado com 2006. É o que mostra os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), contabilizados apenas pelo satélite NOAA-15. Em Porto dos Gaúchos aumentou em média de 292%, um dos maiores índices. Foram 330 incêndios contra 84 no ano anterior.
Em 2007, as condições climáticas deixaram Mato Grosso, principalmente no segundo semestre, em uma situação atípica. Algumas cidades ficaram encobertas por fumaça. Em Santa Carmem, de acordo com o Inpe, o número de focos saltou de 70 para 170, representando um crescimento de, pelo menos, 142%.
Em 2006, Peixoto de Azevedo registrou 244 focos, atingindo 380 no ano seguinte. Em Marcelândia, de 214 foi para 501, crescendo 134%. Nas outras cidades do Norte o satélite NOAA-15 apresenta situações semelhantes. Em Nova Mutum, por exemplo, os focos saltaram de 43 para 85. Em Matupá, de 93 para 320.
Em Juara, de 168 em 2006, atingiu 396 ano passado. Em Juína, de 110 para 223. Em Sinop, de 41 passou para 79. Em Sorriso, aumentou de 38 para 99. Em Lucas do Rio Verde, 23 para 26. Em Alta Floresta, 47 para 87.
Os números podem ser ainda superiores, já que há outros satélites do instituto capazes de identificar mais focos. O Estado encerrou 2007 com pelo menos 17.315 mil apontados pelo NOAA-15, enquanto em 2006, foram 7.353 mil.