Os trabalhadores resgatados em uma fazenda em Marcelândia, ontem, nunca receberam salário pelos serviços que prestavam, informou o Ministério Público do Trabalho. Eles foram levados para Guaratã do Norte, onde conseguiram a garantia de todos os seus direitos trabalhistas, recebendo os pagamentos devidos e todos os demais direitos garantidos pela lei.
O proprietário foi autuado e notificado pelas infrações cometidas, além de ter assinado um termo de ajuste de conduta perante o MPT onde se comprometeu a adequar às normas trabalhistas sob pena de novas sanções.
Segundo o MPT, os locais de moradia dos trabalhadores eram precários. Viviam em barracos de lona plástica no meio da mata, sem nenhuma proteção contra ataque de animais, serpentes, insetos, sem instalações sanitárias e água tratada, as condições de higiene eram péssimas.
Ainda, segundo a equipe, a localização geográfica da fazenda impedia qualquer possibilidade de saída dos trabalhadores, visto que, não havia qualquer tipo de transporte coletivo regular numa distância de 30 km e o proprietário não disponibilizava nenhum meio de transporte para os trabalhadores.
Os fiscais e policiais chegaram até a fazenda após receber denúncia de um trabalhador que em fevereiro de 2008 conseguiu sair da propriedade percorrendo mais de 300 quilômetros a pé.