Integrantes do Movimento Sem Terra e representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) discutem em audiência, na sexta-feira (28), em Claudia (90 km de Sinop), as reivindicações do movimento que culminaram no bloqueio da BR-163, sentido Itaúba, por três dias (com intervalos), na semana passada. A confirmação foi feita, ao Só Notícias, pelo coordenador do movimento, Marciano da Silva. A suspensão do manifesto havia sido confirmada na sexta-feira (21), ainda de manhã, mas sem definição do encontro.
O MST protestou contra possível despejo de 200 famílias do assentamento 12 de Outubro, devido a construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Sinop, no rio Teles Pires, além da regularização de sete assentamentos. O movimento cobra uma solução com urgência, já que o leilão da usina está previsto pelo governo federal para agosto.
Os bloqueio da rodovia federal começou na terça-feira (18), com liberações temporárias até quinta-feira (20). Em um dos dias o congestionamento chegou aproximadamente dez quilômetros. Para fugir do bloqueio alguns motoristas usaram uma rota alternativa que passa por estradas vicinais no município de Cláudia que dá acesso a rodovia federal, porém, o trajeto aumentou cerca de 60 quilômetros.