O governo do Estado homologou o decreto municipal que declarava situação de emergência em Peixoto de Azevedo (210 quilômetros de Sinop), devido aos estragos provocados pela chuva nas áreas rural e urbana. O documento, assinado pelo governador Blairo Maggi, tem validade de 90 dias e é prorrogável, no máximo, até 180. A medida deve auxiliar o município porque dará condições de pleitear recursos para sanar ou mesmo minimizar os impactos.
No município subiu para 30 o número de pontes destruídas pela força das águas. Dez foram reconstruídas pelo poder público municipal. O nível dos rios continua subindo e somente o Peixoto está 14 metros mais alto. Na área rural, o Executivo já confirmou que 2,2 mil alunos serão prejudicados e não devem começar a estudar na próxima semana. Isto porque não há como os transportes chegarem às comunidades.
Conforme Só Notícias já informou, os problemas acarretados pelo excesso de chuva já atingem o perímetro urbano. Na terça-feira, os 131,5 milímetros de chuvas – aferidos pela Agência Nacional de Águas (ANA) – foram suficientes para aumentar o nível do córrego das Lavadeiras e provocar alagamentos no bairro Aeroporto.
Ao menos vinte casas foram atingidas. As construções localizam-se a aproximadamente 500 metros do córrego que atravessa a cidade.
Na zona rural os prejuízos continuam aumentando. O poder público calcula que as perdas de produtos oriundos da agricultura familiar sejam expressíveis. Somente de leite são 2,5 mil litros/dia perdidos. De banana, outras duas mil caixas entre os assentamentos Planalto do Iriri, Vida Nova 1 e 2, Antônio Soares e São Luis.
As estradas também continuam intransitáveis bem como pontes sendo destruídas pela força da água. Já chega a 23 o total de estruturas prejudicadas. A que liga as cidades de Peixoto a Terra Nova do Norte (rio Peixoto) está submersa e pode ser carregada a qualquer instante. Nos últimos dias o nível do rio subiu em torno de 12 metros. Plantações e estradas foram inundadas.