A juíza da 2ª Vara de Nova Mutum, Luciana de Souza Cavar Moretti, acatou a denúncia do Ministério Público Estadual contra o caminhoneiro Wanderley Gaspar Guedes, de 30 anos, acusado de causar o acidente que resultou nas mortes de cinco pessoas da mesma família, em março do ano passado. Ele dirigia um caminhão VW 8120 que acabou “esmagando” o Fiat Pálio vermelho, que trafegava na direção contrária, no quilômetro 570 da BR-163.
Wanderley vai responder cinco vezes por homicídio culposo em direção de veículo automotor, com a agravante prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que aumenta a pena caso o condutor tenha cometido a infração quando “a profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga”. O recebimento da denúncia já foi comunicado ao advogado do motorista.
Conforme Só Notícias, dias após a colisão, ele se apresentou na delegacia de Polícia Civil em Nova Mutum, acompanhado de advogado, para prestar esclarecimentos. Segundo a delegada Angelina Andrade, o investigado alegou que transitava em velocidade inferior a 80 quilômetros por hora, quando perdeu o controle da direção por conta de um desnível no asfalto. Seu caminhão VW, baú, saiu da pista e, ao retornar, se desgovernou invadindo a pista contrária onde trafegava o Fiat Pálio e não conseguiu evitar a tragédia.
Ele retornava para Cuiabá, onde reside, e afirmou ainda que havia feito um frete para duas empresas de Mutum. O caminhoneiro ficou ferido, foi atendido no município e teve alta. Morreram no acidente o vendedor Rariel de Abreu Teixeira, 24 anos, a esposa dele, Aline dos Santos Silva, 24 anos, a filha do casal de 3 anos, a mãe de Aline, Marinalva dos Santos Silva, 48 anos e o irmão dela, Alef Caique dos Santos Silva, 18 anos.