Mais de 200 pessoas puderam aprender um pouco mais sobre como o próprio comportamento pode contribuir de maneira decisiva para a redução do número de acidentes, sobretudo, no que diz respeito à atitude de condutores de motocicletas. Esta foi a mensagem que Francisco José, o Bozoka, passou durante a palestra "Consciência Situacional Motociclística" (CSM) ministrada na noite de ontem no auditório, do Sindicato Rural de Nova Mutum.
Bozoka trouxe números que inserem os motociclistas num cenário aterrador. Os dados apontam para algo em torno de 1,3 milhão de acidentes ao ano, sendo 250 mil com vítimas, o que resulta em 350 mil pessoas feriadas. O número de mortos no local do acidente fica em torno de 50 mil enquanto outras 20 mil pessoas acabam perdendo a vida nas primeiras 24 horas após o acidente. "Morre pelo menos uma pessoa a cada 11 minutos e para cada vítima fatal existe uma média de 5 lesões definitivas, custando ao Brasil cerca de R$ 10 bilhões ao ano", acrescentou o palestrante. Bozoka disse ainda que em algumas capitais brasileiras, o número de acidentes chegou a dobrar. Problemas neurológicos apresentados por motociclistas devidos a acidentes de trânsito somam 46% de todas as lesões neurológicas. "O número de vítimas fatais em acidentes de carro é de cerca de 7% enquanto entre os motociclistas o número de óbitos, gira entre 61% e 82%", informou.
Mas, apesar de dramático, esse quadro pode ser atenuado ou até revertido, segundo Bozoka. Para isso bastaria uma atitude positiva dos motociclistas que prime pela comunicação e pela conduta de antecipação. Ele ensinou, por exemplo, como identificar sinais de risco e antecipar manobras evasivas e utilizando-se se filmes mostrou a CSM de maneira direta e dinâmica, já que também é motociclista e sabe, portanto, comunicar-se adequadamente com a categoria.
Os palestrantes também estiveram reunidos com o prefeito Lírio Lautenschlager e a secretária de Administração, Carmem Giachini. Falaram a importância da realização de um trabalho educativo no sentido de criar uma consciência para o trânsito mais seguro. "Investir em educação é a saída. O público que assiste a nossa palestra se torna multiplicador", assegurou.