Municípios longínquos como São José do Rio Claro e Nova Maringá dependem muito da boa trafegabilidade das rodovias estaduais. Um exemplo é a MT-488, que liga Nova Maringá a Campo Novo do Parecis e Tapurah e a MT-160, de ligação a Juara e São José do Rio Claro.
De acordo com o prefeito de Nova Maringá, João Braga Neto, no seu município são 250 km de estradas que precisam ser recuperadas com urgência, para garantir o escoamento de uma produção agrícola de 200 mil hectares.
Ele aguarda que a equipe do governo do Estado conclua a recuperação da MT 160, em São José do Rio Claro. Logo depois essa patrulha vai se juntar à da prefeitura nova-maringaense que já está trabalhando na MT-488 e também na MT-160.
“Por enquanto, estamos somente com uma pá-carregadeira do Estado. Os demais maquinários são da prefeitura. Os produtores são parceiros e entram com diesel, máquinas e caminhões. Vamos fazer inicialmente uns 250 km que são mais urgentes”, disse, ao Só Notícias.
Segundo ele, o seu município tem mais de 2 mil km de estradas, todas sem asfalto. “Além das vicinais, a prefeitura tem que auxiliar nas MTs, com o auxílio dos fazendeiros ou o trabalho não sai”, afirmou.
A grande preocupação é com a temporada chuvosa, prevista para começar no mês que vem. No primeiro trimestre deste ano, foi decretada situação de emergência devido aos atoleiros. Somente em um final de semana, 28 caminhões ficaram atolados na MT-160. Já na MT-488, outros 40 tiveram de ser arrastados por maquinário da prefeitura, das madeireiras da região e do estado.
“Sem estradas, corremos o risco de perda dos grãos produzidos no município, já que as carretas não conseguem deixar a área e os armazéns ficam lotados”, explica o prefeito. Até agora, a Defesa Civil não liberou recursos para auxiliar o município, que fica localizado a 392 km da capital e tem pouco mais de 7 mil habitantes.
