Pacientes que residem em Colniza estão sendo transportados de avião para hospitais de outros municípios do Estado devido a situação das estradas, que deixaram alguns distritos do município, como o Guariba, totalmente "ilhados". A situação da cidade é crítica e levou o município a decretar estado de emergência.
A gestão aguarda a vistoria da Defesa Civil Estadual para ter o pedido homologado pelo Estado e encaminhado para o governo federal. Agora são 3 municípios em situação crítica por causa das chuvas. A cidade de Alto Boa Vista (1.059 km a nordeste de Cuiabá) já teve o estado de emergência publicado no Diário Oficial da União e Nova Maringá (400 km a médio-norte de Cuiabá) teve a solicitação aceita pelo Estado e aguarda a aprovação da União.
A prefeita de Colniza, Nelci Capitani, diz que quando chove as MTs 418 e 206 ficam intransitáveis. Caminhões ficam na estrada a espera dos tratores para serem rebocados.
O abastecimento de alimentos e combustível no centro urbano também está prejudicado e houve o aumento dos preços. O acréscimo é justificado pelo valor do frete. Conforme a prefeita, os maquinários do município ficam de plantão para tentar minimizar o transtorno, mas não conseguem atender a demanda.
No distrito de Guariba, a situação é ainda pior. A pista de pouso de aeronaves da comunidade não é cascalhada e em caso de emergência médica a equipe precisa sobrevoar o local até que o sal saia e seque a pista.
O hospital de referência da região é em Juína (735 km a noroeste de Cuiabá). A viagem é complicada e já teve casos de ambulâncias atoladas no meio do percurso.
Para reduzir o risco dos doentes morrerem na estrada, a opção é o transporte aéreo, que resulta em gastos para o município. Cada viagem custa em entre R$ 2,5 (destino a Juína) e R$ 6 mil ( destino a Cuiabá). São realizadas em média 4 transportes por semana.
A esperança dos gestores de Colniza é conseguir recursos federais e estaduais após a situação de emergência ser decretada pela União. Outra vantagem é a facilidade para viabilizar as obras, que não precisam passar por todos os trâmites exigidos pela lei. Até ontem, Alto da Boa Vista, que teve situação de emergência decretada, não tinha recebido nenhum tipo de investimento dos governo.
Outro lado – A Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu) informou, por meio da assessoria de imprensa, que um engenheiro do órgão está na região e fará uma análise de caso, na qual apontará a melhor maneira de solucionar o problema.