O grupo de Mulheres que Movem Sorriso prestaram homenagem, neste final de semana, as 209 vítimas que faleceram em decorrência da Covid no município e as mais de 500 mil no País. Elas acenderam velas em formato ao número de pessoas que faleceram pela doença e fizeram a Oração do Senhor, também conhecida como o Pai Nosso. Muitos estavam emocionados ao se lembrarem dos que se foram.
Em Sorriso, 36 pessoas estão internadas e lutando para se livrar do vírus e voltar a respirar sozinha. Em 23 casos o estado clínico é mais grave e o tratamento está sendo feito em Unidade de Terapia Intensiva e o restante em enfermaria.
“A gente viu que em Sorriso são muitas vítimas e nenhuma dessas famílias puderam se despedir dos seus parentes. Queríamos fazer uma homenagem a essas vítimas, resolvemos fazer um ato em memória a elas, porque toda a vida importa. Essas famílias estão sofrendo, a gente tem que comemorar sim, aqueles que se curaram, mas também precisamos lembrar daqueles que morreram. Foram pais, avôs, professores e todos eram o amor de alguém, por isso estamos homenageando”, disse a organizado do grupo, Regina Célia Galvão.
Gleiciane Vieira, filha de Gregório Damasceno Silva, de 74 anos, que não resistiu a doença disse que “é muito triste. É uma morte que poderia ter sido evitada, meu pai foi internado com infarto, mas se tivesse tido um cuidado maior porque era do grupo de risco, poderia ter voltado para casa e acabou que foi uma vida que se foi. Ele pegou o Covid dentro do hospital. Por mais que ele tivesse os cuidados, as outras pessoas não tem. Vejo como um descaso, nem como uma questão política, mas a partir do momento que um chefe de estado diz que é só uma gripezinha, subestima um vírus assim, não tem como dizer que não é culpado. É por uma questão humana”.
