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Mulheres na perícia contribuem para humanização em ocorrências no Estado

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Adaptar-se a desafios inesperados e superar os obstáculos de uma rotina instigante é tarefa comum da perícia criminal e que ganha um toque a mais de cuidado e sensibilidade quando é feita pelas mulheres. Em uma profissão majoritariamente masculina a presença da mulher se torna fundamental para a garantia na qualidade das perícias, que requerem conhecimento e trabalho em equipe.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) conta com 274 mulheres e, destas, apenas nove se dedicam ao desvendamento do local de crime no plantão da perícia externa. É o caso da perita criminal Danielle Pulcherio, de 34 anos, que há cinco anos na função se considera apaixonada pela profissão.

“Desde o início me adaptei muito bem a profissão, pois a cada dia é um desafio diferente e um aprendizado novo. É uma tarefa que requer muito detalhamento e controle emocional, pois precisamos entrar na cena do crime para descobrir o que ocorreu. A minha preocupação é fazer um local bem feito e proporcionar um laudo bom, pois é o meu dever para com a sociedade”, contou.

O período de dois anos em que ela esteve longe da família, lotada na coordenadoria da Politec de Rondonópolis, foi necessário para que ela continuasse adquirindo experiência até conseguir ser transferida para Cuiabá. A dedicação inspira exemplo em casa e seu filho de 13 anos já decidiu que irá seguir a mesma profissão da mãe, e pretende cursar a faculdade de engenharia civil.

“Além de ir às perícias, fazer plantões, redigir os laudos, e ter dias que você não dorme, no outro dia ainda tem que levar filho para a escola e cumprir o papel de mãe, esposa e dona de casa. Não é fácil, mas é divertido, pois quando retorno tem sempre uma aventura nova para contar para o meu filho’’, disse.

A Politec conta com um terço do quadro de servidores composto por mulheres. A Diretoria Metropolitana de Medicina Legal possui 33 peritas criminais médicas legistas e 21 técnicas de necropsia. O Laboratório Forense com 10 peritas criminais, e a Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica conta com 61 papiloscopistas.

Servidora há 30 anos, a papiloscopista Zildinéia França se orgulha da profissão. Prestes a se aposentar, ela destaca o legado da amizade e o aprendizado como os mais fortes que irá levar da instituição. “Entrei pelo concurso aos 21 anos e aqui me formei papiloscopista. Pude aprender muito e crescer profissionalmente e espero que a carreira seja mais valorizada pelos futuros servidores’’, disse.

Representando os novos peritos criminais que ingressaram em setembro de 2014, as médicas legistas Letícia França, Rosamaria Brandão Torres e Angelita Carlotto de Abreu destacam que o aprendizado é diário e requer muita dedicação e pesquisa. Em meio à rotina por exames corriqueiros elas reconhecem a importância do papel da “mulher-médica’’ no atendimento às vítimas que são encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML).

“A mulher contribui na humanização do atendimento às vítimas de violência, como lesão corporal, violência sexual, porque a gente se põe no lugar da vítima. Desta maneira, a vítima se expressa melhor, o que auxilia no nosso trabalho e proporciona maior acolhimento às mulheres que se sentem fragilizadas’’, afirmaram.

A Segurança Pública de Mato Grosso possui 1.816 mulheres em seu quadro funcional. Esse número equivale a 16% do efetivo total da Segurança Pública que hoje é de 11.296 servidores, entre homens e mulheres.

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