Do dia 1º de janeiro até ontem foram registrados 25,6 mil focos de calor em Mato Grosso, número 9,6% maior que o mesmo período do ano passado, que totalizou 23,4 mil focos. Esse total coloca o Estado em primeiro lugar no ranking entre os nove estados da Amazônia Legal, seguido pelo Pará, que registrou 13 mil focos, Tocantins, com 12 mil, e Rondônia e Amazônia, respectivamente, com 9,5 mil e 9,2 mil focos.
Os dez municípios mato-grossenses que estão no topo do ranking de queimadas durante este ano são: Colniza (1.885), Gaúcha do Norte (1.249), São Félix do Araguaia (870), Nova Nazaré (664), Nova Maringá (650), Paranatinga (645), Ribeirão Cascalheira (641), Cotriguaçu (589), Campinápolis (575) e Nova Ubiratã (533). Em algumas regiões, a ausência de chuvas por mais de 60 dias intensificou a incidência dos focos de calor, como em Novo Santo Antônio.
O balanço do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) aponta ainda que 64% dos focos de calor ocorreram em propriedades privadas, 21,3% em terras indígenas, 8% em projetos de assentamento, 4,5% em unidades de conservação (estaduais e federais) e 1,6 na região metropolitana (Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento).
Conforme Só Notícias já informou, o período proibitivo para as queimadas em Mato Grosso termina hoje. A decisão atende deliberação das instituições que compõem o Comitê do Fogo, após análise favorável das condições climáticas, que incluem aumento na incidência de chuvas, na umidade relatividade do ar e redução nas ocorrências de focos de calor.