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MT reduz em 91% número de municípios em situação de emergência

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Somente cinco cidades decretaram a condição, no ano passado, contra 56 em 2014. Investimento na infraestrutura de rodovias, reparação e conservação de estradas estaduais e vicinais, reforma e construção de pontes, tudo isso aliado a uma melhor condição climática, foram os principais responsáveis para que o estado tivesse o menor índice nos últimos cinco anos.

Conforme dados da Defesa Civil do Estado, órgão ligado à Secretaria de Estado de Cidades (Secid), em 2015 os municípios de Barra do Bugres, Juruena, Novo Santo Antônio, Novo São Joaquim e Peixoto do Azevedo tiveram Estado de Emergência decretado por conta de chuvas intensas, inundações e enxurradas.

Uma situação bem diferente da encontrada em 2014, quando Mato Grosso teve um dos anos mais críticos de sua história recente, conforme relatou o tenente coronel Abadio da Cunha, responsável pela Defesa Civil de Mato Grosso.

Na época, cerca de 460 pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas por conta das chuvas. Quatro pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas em virtude dos desastres. As fortes chuvas ainda destruíram 409 pontes e danificaram outras 480. Quatro instalações públicas foram destruídas e outras 46 danificadas.

Para diminuir os riscos de desastres no ano passado e este ano, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) realizou a manutenção de trechos apontados como mais críticos da malha estadual não pavimentada. Foram quase 15 mil quilômetros de rodovias que receberam os serviços das patrulhas rodoviárias.

De acordo com balanço da Sinfra, em 2015, foi realizado um trabalho preventivo durante todo o período de seca para minimizar os impactos das chuvas no interior do estado, sendo que nos meses de novembro e dezembro as ações foram intensificadas. Com isso, a secretaria encerrou 2015 com aproximadamente 14,9 mil quilômetros de rodovias não pavimentadas conservadas e mantidas.

Segundo Cunha, para amenizar o histórico problema de Mato Grosso, a Defesa Civil também atuou em três frentes de trabalho em 2015: mapeamento, monitoramento e capacitação.

Até 2014 nenhuma cidade havia sido mapeada. Já em 2015, as 18 maiores cidades de Mato Grosso tiveram os seus históricos levantados, com as principais áreas de risco mapeadas, catalogadas e georreferenciadas. A expectativa, segundo Cunha, é que mais 22 municípios mato-grossenses sejam mapeados já em 2016. O objetivo é entregar este trabalho pronto para os municípios para que as próprias unidades possam monitorar as condições.

Apesar de Mato Grosso ainda não contar com um sistema de monitoramento de alta precisão, que indique os locais exatos e a intensidade das chuvas, é possível precisar as grandes regiões onde as precipitações irão ocorrer. Com base nisso, a Defesa Civil e as forças de segurança estão estudando um método de cadastrar todos os moradores das áreas de risco para que eles sejam prontamente avisados quando houver possibilidade de desastre.

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