O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador José Silvério Gomes, lamentou a decisão dos servidores do Judiciário estadual na manutenção da greve. Segundo o presidente, todos os esforços foram realizados pela administração na tentativa de contemplar as reivindicações da categoria, que já dura mais de 80 dias.
Segundo informações da assessoria de imprensa do TJ, o presidente realizou cinco reuniões com o governo do Estado para discutir formas de atender às solicitações do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) e conseguiu avanços que culminaram com o anúncio de uma suplementação orçamentária a ser repassada pelo Poder Executivo ao Judiciário Estadual para ser direcionado ao pagamento do auxílio-alimentação a servidores efetivos. José Silvério Gomes aguardará a nova contraproposta a ser enviada pelo Sinjusmat para o encerramento da paralisação.
Conforme Só Notícias já informou, a categoria decidiu manter a greve por tempo indeterminado por não acatar a proposta de receberem cartas de créditos, do governo estadual, como pagamento das diferenças salariais quando houve a troca de moeda – URV pelo Real.
De acordo com o representante do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado (Sinjusmat) em Sinop, Ricardo Barsand, não "há como aceitar as cartas de crédito, pois os servidores não conseguem vendê-las e só retornarão as atividades com a certidão de quanto todos têm a receber e com o cronograma de pagamento a partir de janeiro. Apenas o Tribunal de Justiça sairia ganhando em quitar a dívida com as cartas de crédito, pois iriamos continuar sem dinheiro", disse Barsand, ao Só Notícias.
Os servidores também recusaram a proposta de auxílio alimentação, pois não contemplava todos os servidores do judiciário. "Ou beneficia todos os servidores como também os oficiais de justiça e os incorporados ou não aceitamos a proposta", comentou Ricardo.