Doze caminhões, seis carros, escritórios, enfermarias e demais instalações do canteiro de obras da empreiteira Juruena Participações, em Sapezal (480 km de Cuiabá), que está construindo uma PCH – Pequena Central Hidrelétrica-, na divisa com Campos de Julio, foram destruídos sábado de manhã, por cerca de 150 índios da etnia Enawenê Nawê. O montante do prejuízo ainda não foi informado. Os índios acabaram literalmente com toda a estrutura da empresa porque são contra a construção da usina para ampliar a geração de energia elétrica, apontando danos ambientais e “mortandade de peixes”.
Oficialmente, a etnia não se pronunciou após a ação no canteiro de obras. Os Enawenê Nawê não aceitaram o acordo financeiro firmado com outras 4 tribos para serem construídas as 10 pequenas usinas e que ficou na casa dos R$ 6 milhões.
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Quando os índios começaram o ataque os cerca de 300 funcionários deixaram o local.
Até seus pertences que estavam nos alojamentos foram queimados. Dezenas de equipamentos que seriam instalados também foram danificados.
A Polícia Federal e a Funai (Fundação Nacional do Índio) foram comunicados da ação e investigam o vandalismo que deve atrasar o início das atividades da PCH, previstos para julho do ano que vem.
A empreiteira proprietária dos caminhões, veículos e equipamentos danificados faz parte de um consórcio que construirá 10 pequenas PCHs no rio Juruena, na região Norte. A Maggi Energia, empresa do governador Blairo Maggi, participa do consórcio para construir as PCHs.
(Atualizada às 20:40hs)