Mato Grosso integra grupo dos oito estados que cobraram da presidente Dilma Rousseff para que não atrase o repasse deste mês do Fundo Nacional de Saúde a estados e municípios. Os governadores também solicitaram a liberação de mais recursos para o combate ao Aedes aegypt, mosquito transmissor.
A verba que costuma ser depositada mensalmente todo dia 10, serve para financiar procedimentos hospitalares de média e alta complexidade, como cirurgias, transplantes de órgãos, partos e tratamentos oncológicos.
O documento assinado pelos governadores deve ser entregue pelos secretários estaduais de Saúde, hoje, ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) que ocorre durante todo o dia. Elaborado conjuntamente pelos oitos governadores, o documento solicita a edição de uma Medida Provisória para a abertura de crédito extraordinário no orçamento de 2015 no valor de R$ 4 bilhões para pagamento imediato da média e alta complexidade (MAC).
Fazem parte do grupo os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Espírito Santo, Pará e Mato Grosso. No documento os governadores pedem recursos financeiros e humanos, incluindo apoio das Forças Armadas para o combate ao Aedes aegypt. O documento foi elaborado na tarde de terça-feira (08.12) antes da reunião com os governadores convocada pela presidente.
Na sequência o governador em exercício Carlos Fávaro e o secretário da Saúde, Eduardo Bermudez, participaram da reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro, que contou também com a participação de vários governadores, vice-governadores e secretários de Saúde de outros estados, tratou das medidas de enfrentamento ao zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, que é apontado como o causador de microcefalia.
Fávaro destacou a importância da prevenção e do combate ao mosquito transmissor e disse que Mato Grosso já está mobilizado nesse sentido. “Foi apresentado um plano emergencial de combate ao mosquito transmissor, com uma mobilização nacional que terá a participação até das Forças Armadas. Vamos criar salas de controle para acompanhamento. E isso se faz fundamental nesse momento de crise que estamos vivendo, principalmente, com relação a essa novidade que é o zika vírus”.
“O detalhamento do projeto será desenvolvido junto ao Conselho Nacional de Secretários de Estado e, depois desse estudo, serão elaboradas as ações. Vamos tornar em uníssono o processo de contraposição ao Aedes aegypti”, frisou o secretário de Estado de Saúde, Eduardo Bermudez, que acompanhou a reunião em Brasília.
De acordo com o plano apresentado pela presidente, serão realizadas mobilizações com agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias para reforçar a orientação à população. As Forças Armadas e a Defesa Civil vão dar apoio logístico para transporte e distribuição de inseticidas e de profissionais de saúde.
O governo de Mato Grosso trabalha junto aos municípios tanto no combate do mosquito Aedes aegypti, como no atendimento das famílias que tiveram bebês acometidos pela microcefalia.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, até a última sexta-feira foram registrados 76 casos suspeitos de microcefalia em Mato Grosso. Dos 76 casos registrados, 67 são de Rondonópolis, dois de Alto Garças, e os demais em Alto Araguaia, Itiquira, Jaciara, Pedra Preta, São José do Povo e Tesouro.