Para garantir a perpetuação das espécies nos 53 rios de Mato Grosso, uma ação conjunta será realizada entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Polícias Civil e Militar, envolvendo quase 200 pessoas na fiscalização. Mas, a preservação dependerá principalmente da ação consciente das pessoas em geral e dos próprios ribeirinhos para o cuidado com o patrimônio nas bacias hidrográficas. Peixes retirados dos rios na clandestinidade chegam a ser vendidos por R$ 5 na beira dos rios.
"O peixe precisa do ciclo reprodutivo e os pescadores têm que saber que dependem disso", alerta o comandante do Batalhão da Polícia Militar Ambiental, tenente-coronel Helder. A região do Pantanal em Cáceres (225 quilômetros a Oeste) e Barra do Bugres (168 quilômetros a médio-norte) são as mais críticas para a fiscalização. Além da distância, a existência de aldeias indígenas limita o trabalho aos órgãos federais.
Por causa da ilegalidade, a negociação dos peixes é fechada por valores bem abaixo dos preços de mercado. Pacu e pintado, espécies nobres, podem ser vendidos por até R$ 5 na margem dos rios, enquanto nas peixarias sai por R$ 11 o quilo. "O pescador sabe que é uma atividade criminosa e procura se desfazer muito rápido da mercadoria", conta Helder.
Os peixes apreendidos são armazenado em câmaras frias na sede da Delegacia Estadual do Meio Ambiente e na sequência doados a instituições sociais, cadastradas previamente.
A data prevista para o término da piracema é o dia 28 de fevereiro de 2011. Ate lá, denúncias de pesca neste período podem ser feitas pelos telefones são: 0800-653939, 190 e 65 3684-1633.