O Ministério Público Federal instaurou inquérito para apurar supostas irregularidades no atendimento médico realizado no Hospital Júlio Müller, que resultou na morte de um recém-nascido e sua mãe. O caso aconteceu em setembro do ano passado e a família acusa o hospital de negligência. A portaria foi publicada pelo procurador Ronaldo Pinheiro de Queiroz que solicitou informações ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT).
O parto de emergência resultou, inicialmente, na morte da menina recém-nascida, filha de Tabata de Souza Campos, 26 anos. Logo após o parto, a jovem foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu dois dias depois. A jovem já havia perdido outra menina, ao final da gestação, um ano antes.
Tabata tinha completado a 38ª semana de gestação quando começou a passar mal. Ao chegar a unidade foi examinada e liberada para voltar para casa e tomar um medicamento. Horas depois de tomar a medicação, voltou a passar mal e percebeu que perdia líquido amniótico. Retornou à unidade e, quando aguardava, começou a vomitar e desmaiou. A alegação da equipe médica à família foi que ela teve uma crise de hipertensão. Logo após o parto a família foi informada que a criança havia nascido, mas morreu em seguida. Outra médica deu a versão que a criança foi retirada sem vida e estaria morta há pelo menos cinco horas.
Outro lado – por meio de nota, a direção do hospital informou que o caso com toda documentação foi encaminhado ao CRM-MT, que a sindicância aberta foi transitada e julgada, não tendo sido identificado qualquer indício de infração ética envolvendo a equipe médica que fez o atendimento. O processo concluiu que o falecimento da jovem e do recém-nascido foi uma fatalidade. A unidade ainda não foi notificada.