Promotor de Justiça, Arnaldo Justino da Silva, representante do Ministério Público Estadual (MPE) já ingressou na Justiça de Mato Grosso com um novo pedido de prisão para os 44 envolvidos em 4 quadrilhas de assalto a bancos na modalidade saidinha de banco que foram soltos no início dessa semana por uma decisão do desembagador plantonista, Pedro Sakamoto tomada no dia 30 de dezembro. A prisão dos acusados se deu na Operação 7º Mandamento conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no dia 14 de dezembro após 3 meses de investigação.
No entanto, com a decisão do magistrado em liberar todos os acusados, todo o trabalho do Gaeco foi "por água a baixo". Na decisão, ele entende que um erro processual invalidou todo o procedimento desencadeado pelo Gaeco. Com a decisão de Sakamoto, ganharam liberdade os 36 presos e os 8 que ainda faltavam ser presos deixaram de ser foragidos.
O MPE quer que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso reavalie a decisão de Sakamoto e possa expedir um novo mandado e prisão para todos os acusados apontados como responsáveis por roubar pelo menos R$ 400 mil com os golpes.
A justificativa do desembargador para concecer um habeas corpus coletivo, foi de que a juíza Suzana Guimarães Ribeiro Araújo, da 6ª Vara Criminal de Cuiabá que expediu os mandados de prisões, que posteriormente se declarou impedida de continuar com o caso e transferiu para a 15ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá sob responsabilidade do juiz juiz José de Arimatéia Neves Costa.
O promotor contestou a decisão do magistrado dizendo que "nós não temos bola de cristal para adivinhar que uma investigação de alguns integrantes de uma simples quadrilha pudesse desaguar numa intrincada rede de malfeitores que aterrorizam a sociedade cuiabana. Somente com o aprofundamento das investigações é que foi produzido um material probatório apto para que pudesse ser analisada a extensão desse tipo de criminalidade", ressaltou.