domingo, 22/setembro/2024
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MPE estuda interdição do Mirante após queda de jovem

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O Ministério Público de Chapada dos Guimarães estuda a possibilidade de ingressar com uma ação civil pedindo a interdição do ponto turístico conhecido como Mirante, depois que um jovem caiu em um dos penhascos no domingo (22). O resgate do corpo do mecânico de motos Suelmen Victor Evangelista de Moraes Macedo, 26, o "Gugu", foi concluído 21 horas depois que ele se desequilibrou e caiu, às 15h30. Ele estava na beira do penhasco onde foi fazer fotografias.

Cerca de 40 homens, entre bombeiros, policiais militares e oficiais do grupamento aéreo atuaram durante o período. Às 12h15 de ontem o corpo foi retirado do meio da mata, após despencar de uma altura de 90 metros. O corpo foi levado até a parte plana de acesso ao mirante e entregue aos peritos do Instituto Médico Legal (IML), para ser removido para Cuiabá.

Depois que foi localizado pela equipe de resgate no início da manhã, 2 bombeiros desceram no despenhadeiro para preparar o transporte da vítima. Os bombeiros e policiais do grupamento aéreo tiveram que fazer um acero na base do precipício, cortando a mata para que a aeronave se aproximasse e o corpo fosse amarrado nas cordas para a remoção. Por ser uma região de mata fechada, o percurso do trecho de cerca de 300 metros até a clareira mais próxima poderia demandar horas. A cabeça de Suelmen apresentava sinais de lesões, apontando que na queda ele deve ter se chocado com as pedras, perdendo os sentidos.

O amigo Marco Paulo Pinheiro, 32, estava a poucos metros quando soube pela amiga Keila que Suelmen havia despencado. O amigo havia insistido em descer até um dos pontos mais perigosos pois queria fazer fotos. A amiga disse que ele parou à beira do precipício e depois de fazer as fotos decidiu urinar. Foi quando ela o chamou e ele, ao se virar, perdeu o equilíbrio e caiu. Ainda tentou se agarrar em alguns arbustos mas não conseguiu se manter.

O coronel bombeiro João Rainho Júnior, que estava no comando das operações, acredita que uma rajada de vento pode ter sido fundamental para que o jovem perdesse o equilíbrio e caísse. O coronel, que acompanhou os trabalhos desde as 17h do domingo, informou que por volta das 22h o grupo voltou para Cuiabá para pegar cordas mais longas e retornar ao ponto, às 4h30 de segunda-feira (23). Ele lamentou a falta de senso de responsabilidade das pessoas que se expõem em locais como este, cientes de que qualquer acidente pode ser fatal.

O pai de "Gugu", Manoel Evangelista de Macedo, 67, disse que o filho era apaixonado por fotografias e que, com certeza, esta paixão acabou contribuindo para a tragédia. O jovem deixou 3 filhos com idades de 8, 7, e 5 anos, que moravam com ele e os avós paternos. A mãe, Isabel de Moraes Macedo, 57, afirmou que tinha preocupação com o fato de ele pilotar uma moto. Há 2 meses, depois que comprou o carro, estava mais tranquila. Falou com ele na manhã do domingo, quando ia para o trabalho e o filho disse que ficaria em casa com as crianças. à noite soube que ele caiu do Mirante.

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