O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou um pecuarista de 46 anos por homicídio duplamente qualificado por ter matado, com um tiro na nuca, seu filho de 23 anos. O crime aconteceu no dia 16 de junho de 2024, na Comunidade Santa Clara, Distrito Nova União, município de Cotriguaçu (600 quilômetros de Sinop).
Conforme o Ministério Público, após uma intensa discussão por desavenças familiares, o denunciado mandou o filho ir embora de casa. No momento em que a vítima saiu, foi perseguida pelo pai, que portava uma pistola calibre 7.65.
“Durante o trajeto o denunciado alcançou a vítima, situação em que desferiu um tiro na região occipital (parte de trás/nuca) da cabeça, o que denota utilização de recurso que tornou impossível a defesa da vítima”, relata na denúncia o promotor de Justiça Substituto, Cristiano Felipini.
O rapaz foi socorrido e levado ao hospital, onde veio a óbito no dia 22 de julho. Conforme depoimento do pecuarista, ele possuía a pistola há cinco anos, de forma ilegal. Após o crime, a polícia realizou diligência na casa do denunciado, ocasião em que localizou também um rifle calibre 22, com cinco munições intactas. A posse da arma também era ilegal.
Para o MP, a morte ocorreu mediante motivo fútil, uma vez que o denunciado “ceifou a vida da vítima por ela ter ido embora de casa. Verifica-se dolo direto, pela nítida intenção de matar, em razão do tiro ter sido desferido na nuca da vítima”.
O pecuarista, que está em prisão preventiva em Colniza, requereu a transferência da unidade prisional, alegando que estaria sendo ameaçado. O juiz da comarca mandou ouvir o chefe da cadeia, o qual informou que o criminoso se encontrava na “cela do seguro”, onde não corre risco algum. O MP se manifestou por mantê-lo na prisão onde está.
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