O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou uma organização criminosa integrada por 51 pessoas, a maioria moradores de Cuiabá, que aplicavam o “Golpe da Falsa Portabilidade”. O grupo deixou um prejuízo de R$ 23 milhões a uma empresa do ramo financeiro e foi denunciado pelo promotor de Justiça que compõe o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Consta na denúncia que integrantes da organização criminosa criavam uma conta bancária na plataforma da empresa, utilizando-se indevidamente de dados pessoais dos reais beneficiários dos valores (trabalhadores) e de documentos falsificados (com foto de terceiros, que realizavam a validação da conta por selfie). Posteriormente, solicitavam a portabilidade de salário e, uma vez creditado, realizavam a distribuição dos valores, por meio de diversas operações financeiras.
Segundo o MPMT, os crimes foram cometidos entre os meses de dezembro de 2018 e setembro de 2023. Além de Mato Grosso, a organização contava com integrantes nos estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo.
De acordo com a participação de cada um no esquema, os denunciados devem responder por constituição de organização criminosa, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso, estelionato mediante fraude eletrônica e lavagem de capitais.