O Ministério Público Estadual determinou a abertura de um inquérito civil para investigar uma suposta prestação de serviços por parte da empresa do médico Roberto Satoshi Yoshida para o Hospital Regional de Sinop. A investigação foi determinada pela promotora Audrey Ility que ressaltou que o Estatuto dos Servidores proíbe o funcionário estatal de “participar da gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Estado”.
Satoshi, que é médico concursado do Estado, terá 15 dias para se manifestar sobre o caso. Audrey ainda determinou que a Secretaria Estadual de Saúde apresente, no mesmo prazo, o contrato de prestação de serviço médico em cirurgia geral, supostamente firmado entre a empresa do médico e a Fundação Comunitária de Saúde, em 2014.
A pasta também deverá informar qual cargo ocupado atualmente por Satoshi, data de admissão, carga horaria, e encaminhar fotocópia integral da ficha funcional. O ex-interventor do Hospital Regional de Sinop, Manoelito Rodrigues, é outro que será oficiado e deverá prestar esclarecimentos.
Outro lado
Só Notícias tentou contato com o médico Roberto Satoshi, no entanto, as ligações não foram atendidas. O diretor da Fundação Comunitária de Saúde, Welington Randall, informou que tem conhecimento de houve prestação de serviços entre a empresa citada e o Hospital Regional de Sinop, porém, tal situação ocorreu, segundo ele, durante o período de intervenção do Estado na unidade.