segunda-feira, 16/setembro/2024
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MP encaminha à justiça denúncia contra empresário em Cuiabá por matar ex-esposa e namorado dela; “agiu de forma cruel e covarde”

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Só Notícias (foto: reprodução)

O Ministério Público do Estado informou, há pouco, que encaminhou ao judiciário denúncia contra o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, 57 anos, por feminicídio qualificado da servidora pública Thays Machado e homicídio qualificado do namorado dela, Willian Cesar Moreno. O promotor de Justiça Jaime Romaquelli, da 26ª Promotoria de Justiça Criminal, ainda se manifestou pela manutenção da prisão preventiva do denunciado, “por haver provas mais do que robustas da materialidade do crime e indícios suficientes da autoria”, além de outros requisitos autorizativos previstos no Código de Processo Penal.  Carlos está na penitenciária central em Cuiabá. Ele foi preso, em flagrante, em uma fazenda em Campo Verde, para onde foi após atirar no casal, no bairro Consil em Cuiabá.

O promotor classificou que o feminicídio foi cometido por motivo torpe (vingança pelo término do namoro), de forma cruel e impossibilitando a defesa da vítima. “Agiu o denunciado de forma cruel e covarde, revelando extrema perversidade, ao agredir a vítima com diversos disparos de armas de fogo, descarregando uma pistola semiautomática em área urbana de intensa movimentação de pessoas, em plena luz do dia, no horário comercial de um dia útil”, descreveu.

Jaime Romaquelli acrescentou que “Carlos Alberto praticou o crime, com relação à vítima Thays Machado, num contexto de violência doméstica por ele alimentada, prevalecendo-se de sua superioridade física, em flagrante menosprezo à condição de mulher da vítima Thays (eram ex-conviventes), e, portanto, por razões da condição do sexo feminino da vítima, pois com ela manteve um relacionamento amoroso.”

O homicídio também foi qualificado na denúncia por motivo torpe, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima Willian Cesar Moreno. “A ação calculada do acusado em comparecer naquele local, exatamente no momento em que as vítimas Thays e Willian estavam expostos na calçada de costas para a rua, subtraiu deles a possibilidade de realizar qualquer gesto efetivo de defesa (abaixar-se, correr), sendo acolhidas de surpresa, recebendo os tiros fatais enquanto o atirador estava dentro do veículo”, argumentou.

Na investigação policial foi apurado que Carlos Alberto Gomes Bezerra manteve um relacionamento amoroso por cerca de dois anos com Thays Machado, chegando a morar com ela. E, desde o início, ele se mostrou controlador e possessivo por vigiar cuidadosamente cada movimento dela, incluindo o telefone celular e as redes sociais. Embora “estivesse inserida num relacionamento explicitamente abusivo, ela não encontrava forças para rompê-lo e buscar auxílio pelas vias policiais e judiciais disponíveis, pois entendia que, pelo fato de o denunciado ser filho de político de renome, tinha ‘costas quentes’, havendo risco, inclusive, da situação ser revertida contra ela”.

Em dezembro passado, Thays rompeu o relacionamento. Desconfiado de que ela estava com outro, o denunciado “passou a vigiá-la mais intensamente ainda, monitorando-a a todo tempo através de ligações, aplicativos de rastreamento, já planejando a sua morte”, acrescenta a promotoria.

Recentemente, ela iniciou novo relacionamento com Willian Cesar Moreno. No último dia 18 Thays foi com o carro da mãe buscar o namorado no aeroporto. Utilizando os mecanismos de rastreamento a que tinha acesso, Carlos a seguiu até Várzea Grande, acompanhou o desembarque do namorado, e seguia o carro na volta quando foi percebido pelo casal. A mulher ligou para o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), registrou o caso na Central de Flagrantes, mas Carlos conseguiu fugir.  No mesmo dia, à tarde, Thays e Willian foram até o prédio da mãe dela para devolver o carro,  deixaram as chaves do veículo da mãe na portaria do prédio, e caminharam até a calçada na frente do edifício para chamar um carro de aplicativo.

“No momento em que viu Thays e Willian na calçada, Carlos aproximou-se abruptamente com o veículo e, de dentro do carro mesmo, pela janela, efetuou diversos disparos com a arma de fogo que possuía (uma pistola Taurus, .380) em direção a Thays, inclusive pelas costas. (…) Enquanto Carlos efetuava os diversos disparos em direção da vítima Thays, Willian começou a correr rapidamente pela calçada tentando distanciar-se do agressor, mas Carlos fez nova manobra no veículo, aproximou-se de Willlian e realizou diversos outros disparos em direção a ele”, consta na denúncia. Os dois morreram na hora. Ele fugiu, mas a polícia agiu rápido e conseguiu prendê-lo horas após o duplo homicídio.

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