Mais 15 fazendeiros, empresários, engenheiros florestais e servidores da Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema), além de duas empresas madeireiras, foram denunciados pelo Ministério Público por crimes contra a administração ambiental e o meio ambiente, alem de falsificação de projetos. A denúncia segue o inquérito policial resultante da operação Guilhotina, desencadeada em julho, em vários municípios do Nortão.
Os promotores de Justiça Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza e Domingos Sávio de Barros Arruda confirmaram o esquema de fraude praticado nos processos administrativos de licenciamento ambiental e manejo florestal em trâmite na Sema, e contra o sistema de cadastro de consumidores de produtos florestais – (CC- Sema), informou a assessoria.
Esse esquema funcionava com a elaboração de planos de manejo e planos de exploração florestal fictícios, que eram apresentados na pasta com propósito de obter ‘falsos’ créditos florestais. Na seqüência eram comercializados com determinadas madeireiras e utilizados para dar suporte ao comércio clandestino de madeira extraída ilegalmente da floresta mato-grossense.
Em agosto, o juiz José Zuquim Nogueira, da Vara Especializada em Meio Ambiente (Juvam), acatou a denúncia contra 50 pessoas denunciadas durante a operação.