O Ministério Público Estadual denunciou Oziel Rodrigues de Oliveira, 25 anos, acusado de ter assassinado o produtor rural Antônio Maronezzi, 60 anos, e jogado o corpo em uma região de mata na estrada Cruzeiro, nas proximidades da Gleba Mercedes. O crime ocorreu dia 13 de maio, quando os familiares apontaram o desaparecimento da vítima.
Ele vai responder por roubo seguido de morte, cuja pena pode variar de 15 a 30 anos de prisão. Porém, a promotoria ainda apontou que o crime foi cometido à traição ou emboscada e mediante emprego de meio cruel, dois agravantes que podem aumentar a pena de Oziel. Ao receber a denúncia, a juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, ainda retificou a prisão preventiva do acusado.
Oziel já foi notificado da denúncia. Consta no processo que ele é natural de Cuiabá, mas morava na Gleba Mercedes, em Sinop.
Conforme Só Notícias já informou, policiais civis prenderam o acusado na capital e, no local indicado por ele, encontraram o corpo de Maronezzi. Já na delegacia, Oziel disse que estava na região do Camping Clube quando pegou uma carona com Antônio. Ele afirmou que é usuário de droga e não tinha mais dinheiro para comprar mais. Em determinado momento da viagem pegou uma faca de serra e golpeou a vítima. Posteriormente, jogou o corpo dele na mata e fugiu com a caminhonete até acabar a gasolina.
Ele disse ainda que pegou cerca de R$ 40 em dinheiro e o celular de Antônio para trocar por mais droga. O suspeito alegou aos policiais que voltou para Sinop e depois conversou com a mãe, que se ofereceu a pagar um tratamento contra as drogas em Cuiabá, onde foi preso, e uma testemunha foi ouvida em Barra do Bugres.
O delegado Carlos Muniz, que conduziu as investigações, disse que Antônio morreu "por ser bom demais", pois deu carona para Oziel e ainda aceitou lhe deixar próximo a entrada de uma fazenda onde o acusado supostamente iria parar. Antônio foi morto a facadas e pauladas. A faca foi apreendida. O delegado vai indiciá-lo por latrocínio – roubo seguido de morte.
A hipótese de assassinato ficou mais forte com o fato da perícia ter constatado que o sangue encontrado na Toyota Hilux era do produtor rural. Antônio desapareceu quando seguia para sua fazenda, nas proximidades de onde o corpo foi encontrado. A caminhonete dele foi encontrada seis dias depois do desaparecimento na estrada Nanci.