O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito civil para apurar se diversos funcionários foram contratados para trabalhar no Hospital Regional de Sinop sem a abertura de concurso. Consta na portaria de instauração do procedimento que chegou ao conhecimento da promotoria que vários profissionais teriam sido contratados mediante “simples análise curricular”.
A diretoria do hospital teria sido oficiada para prestar esclarecimentos e foi informado que “segundo documentos ‘encontrados’ no Departamento de Recursos Humanos da unidade, em dezembro foi lançado o edital para contratação, sob a égide do então interventor, Manoelito Rodrigues, mas que referido procedimento não foi ‘cumprido rigorosamente’”.
A partir de agora, o novo interventor estadual da unidade, Wanderson Silva, deverá encaminhar relação contendo todos os dados dos servidores contratados desde o início da intervenção, “esclarecendo de que forma se deu a contratação e qual órgão responsável pelo pagamento dos subsídios”. A Secretaria Estadual de Saúde também deverá responder se “tem conhecimento a respeito das contratações efetuadas pelo interventor anterior”.
Manoelito, atualmente ocupando cargo de secretário Municipal de Saúde, terá 30 dias para se manifestar sobre a denúncia.
Outro lado
Questionado por Só Notícias, o ex-interventor disse que as contratações foram feitas mediante processo seletivo. “O hospital tem registro. Foram contratados de acordo com a demanda. Acontece que, em alguns cargos, como técnico de enfermagem, por exemplo, não houve oferta de profissionais, devido aos salários oferecidos. Neste caso, a gente teve que contratar de outra forma”, explicou Manoelito.