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Motoristas impedem carretas com combustível e comida de saírem dos bloqueios em MT, diz líder de manifesto

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As carretas que transportam combustível e alimentos (câmaras frias) estão com tráfego liberado em Mato Grosso, onde há bloqueio nas rodovias federais, garantem líderes de movimento em várias cidades. "Mas estamos com um impasse porque tem outros caminhoneiros que estão nas filas, carregados com outros produtos (ração, grãos, móveis, eletrodomésticos materiais para construção e outros), que estão ameaçando os colegas de carretas transportadoras de combustível de apedrejá-las e de agressões se eles seguirem viagem. Então, eles estão com medo e não seguir viagem. Estamos tentando convencer estes motoristas a não termos agressões e fatos lamentáveis e que tenham bom senso. Já pedimos apoio da Polícia Rodoviária Federal para dar segurança", acaba de informar, ao Só Notícias, o empresário de Lucas do Rio Verde, Gilson Pelissioni (Baitaca), que está na organização do manifesto. "Aqui em Lucas, liberamos a passagem logo pela manhã, mas eles não estão indo com medo dos outros que também querem passar e não vamos permitir porque, se isso ocorrer, nosso movimento perderá muita força".

Ele acredita que há cerca de 14 carretas carregadas com combustível, que estão paradas, só esperando "trafegar com segurança. Esperamos que agora à tarde isso seja resolvido. Tentamos dialogar com os demais caminhoneiros que levam outros produtos, mas estão irredutíveis, lamentavelmente. Pedimos apoio dos produtores para que nos ajudem a convencê-los, com diálogo e respeito, porque estamos juntos e precisamos liberar cargas de combustíveis para cidades que estão desabastecidas", emendou.

Baitaca aponta que o mesmo impasse está ocorrendo nos demais pontos de bloqueio como em Cuiabá, Nova Mutum e em Diamantino, onde há grande número de carretas com diesel, etanol, gasolina e câmaras frias que esperam passar para o Nortão. Os tanqueiros que estão vazios, parados nas filas sentido capital, também não está passando o que deve atrasar ainda mais a normalização no abastecimento nos postos.

A BR-163/364 têm bloqueios em Rondonópolis, Cuiabá, Diamantino, Nova Mutum, Lucas, Sorriso e Sinop sem intervalo para passar (como ocorreu semana passada) desde a última segunda-feira. Desde ontem, está faltando combustível em várias cidades, dentre eles Cuiabá, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte, dentre outras. Alguns postos em Sinop amanheceram fechados porque venderem todo o estoque e estão esperando chegar as cargas que estão paradas nas estradas. "Mesmo se liberarem a passagem hoje, a partir de amanhã é que poderemos revender nas bombas. Não é possível, neste momento, apontar com segurança quando teremos combustível novamente para revender", disse um gerente de posto em Sinop. Desde segunda-feira, que os manifestantes impediram passagem de qualquer carga, exceto as "vivas (animais) em dez trechos de três rodovias federais em Mato Grosso (163, 364 e 070).

Há centenas de outras cargas com destino para cidades mato-grossenses que estão em rodovias de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul onde houve bloqueio, mas também a justiça ordenou que seja liberada passagem dos que levam alimentos perecíveis, alimentos e combustível. O tráfego será lento nas próximas horas e algumas cargas -dependendo do local onde estão- podem demorar até sete horas para chegar no destino. É o caso, por exemplo, de motorista que está no bloqueio em Cuiabá e tem que ir a Sorriso. "Agora, produtores vão colher, as pessoas vão ter combustível. Mas queremos apoio da sociedade porque está claro que não é só uma luta dos caminhoneiros. É da população que deve se manifestar. Esperamos apoio", disse. "Caminhoneiros vão permanecer mobilizados. Os caminhoneiros pararam país porque estão falindo", acrescentou o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Sorriso e região, Vilson Rodrigues.

Os caminhoneiros cobram redução no preço do óleo diesel (o governo federal diz que não discute o assunto), é reivindicado que diversas tradings do agronegócio paguem preço mínimo do frete estabelecido pela Secretaria de Fazenda. Também é cobrada carência para pagamento de parcelas de financiamentos de carretas e caminhões porque muitos motoristas autônomos não estão conseguindo pagar devido aumento nos custos. Presidentes de Sindicatos Rurais da região Norte reúnem-se, à tarde, em Lucas do Rio Verde para debater estratégias e tentar sensibilizar os manifestantes a liberarem cargas com óleo diesel porque estão "perdendo parte da safra" que não é colhida. Em muitas fazendas, acabou combustível para colheitadeiras trabalharem. Cerca de 65% da safra de soja nas região Norte e Médio Norte não foram colhidas.

Em instantes, mais detalhes

(foto:Só Notícias/Luiz Ornaghi)

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