O caminhoneiro Pedro Augusto dos Santos fez, esta manhã, duras críticas a concessionária Rota do Oeste, que é responsável pela administração da BR-163 de Sinop até Itiquira com a manutenção, atendimentos aos usuários, sinalização e cobrança de pedágios (onde a praça mais cara é em Sorriso com valores que variam de R$ 7 a R$ 3,50). Segundo o motorista, o tombamento da Volvo FH-460 preta, com placas de Matupá, que conduzia também foi provocada pelo desnível da pista com a falta de acostamento, no trecho sem duplicação na região do bairro Camping Club, ontem à noite. Ele estimou que o prejuízo deve passar dos R$ 200 mil.
“Um caminhão veio me ultrapassando e um outro carro de frente. Quando eu vi isso, segurei o caminhão. Freei o que deu e tombei quase parado já. Qualquer carro ou caminhão que for descer (no acostamento) tomba. Pagamos pedágio para andar numa pista dessa. Não tem acostamento. É o pedágio mais caro que tem”, afirmou Santos.
O acidente ocorreu, ontem, por volta das 20 horas. No entanto, hoje pela manhã, a Volvo que seguia de Colíder para Lucas do Rio Verde ainda estava no local. O destombamento deve ser feito com auxílio de um guincho. Ontem, as equipes de manutenção da concessionária apenas puxaram a carreta para o acostamento para evitar bloqueio da rodovia.
A carreta estava transportando mais de mais de 65 cabeças de gado. Alguns animais morreram no local e outros também ficaram feridos e soltos. A concessionária está fazendo a sinalização para evitar que os carros se envolvam em colisão com os bois. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai registrar o acidente e apontar as responsabilidades pelo tombamento.
Outro lado
Por nota, a Rota do Oeste reafirmou que o principal objetivo é retomar o mais rápido possível as obras de grande porte na BR-163, o que inclui a finalização da duplicação e a construção de acostamento, medidas que solucionarão definitivamente o problema de desnível existente em alguns pontos do trecho concessionado.
A concessionária segue realizando, de forma permanente, os serviços de manutenção, reparos e atendimentos ao usuário, dispondo de socorro médico e veículos para apoio mecânico e de remoção, em todo o segmento sob a sua responsabilidade.
A empresa acrescentou ainda, que é a principal interessada em resolver a situação do contrato de concessão, para que dos canteiros de obras sejam retomados o mais breve possível. Para isso, a empresa trata do assunto abertamente com o governo Federal.
Sobre a cobrança do pedágio, a Rota do Oeste informa que as tarifas praticadas nas praças de pedágio são definidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), seguindo os parâmetros previstos em contrato.