Os motociclistas têm procurado as lojas de acessórios na capital em busca dos equipamentos que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tornou obrigatórios desde terça-feira, nos capacetes.
O gerente de uma destas lojas, Rogério Willian de Oliveira, informou que “o movimento não pára de crescer, já que os motociclistas deixaram para a última hora a adaptação às novas regras”, que incluem o uso de um adesivo que reflete a luz e a proibição de colocar películas nas viseiras dos capacetes.
Outra exigência do Denatran é que todos os capacetes tenham selo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Segundo o comerciante, não é só o adesivo que vai mudar a situação. “Toda nova regra que venha a melhorar a segurança no trânsito é válida, mas é preciso investir muito na questão da educação do motociclista e dos motoristas”, disse Oliveira.
O motociclista Antônio Oscar Constantino também disse considerar a regulamentação válida pela segurança, mas lamentou o curto prazo para a adaptação, porque a fiscalização já foi iniciada. Ele lembrou que o selo do Inmetro usado nos capacetes antigos era muito frágil e desbotava com o tempo. “Os capacetes novos vêm com um selo melhor, mas o preço está muito alto”, lamentou.
Para outro motociclista, William Jonatas, a responsabilidade não deve ser dos motociclistas e sim dos fabricantes: “Eles devem lançar o capacete com o selo e adesivos.” Jonatas apontou um prejuízo estético para os motociclistas: a obrigatoriedade de colocar os adesivos mesmo em capacetes “mais trabalhados” e caros.
Para quem não cumprir as novas regras, a resolução do Denatran prevê punição de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação e multa de R$ 127,69. E para quem estiver sem capacete, a multa é de R$ 191,54, além de suspensão da carteira.