Motociclistas estão sendo flagrados pela secretaria Municipal de Transporte Urbano (SMTU) cobrindo as placas para evitarem multas ao passarem pela fiscalização eletrônica em funcionamento desde o dia 17 deste mês. Devido a comportamento como esses e a isenção de veículos como ambulâncias e viaturas, o primeiro balanço do funcionamento dos radares deverá ser divulgado até este final de semana. Uma triagem é realizada por servidores da pasta para levantar as multas válidas.
“Nós precisamos fazer esse levantamento porque além das ambulâncias e viaturas policiais ainda temos que excluir as imagens captadas pelos radares de condutores que tampam as placas com a mão, além das que estão com iluminação irregular e não são captadas pelos equipamentos”, explicou o secretário da pasta Antenor Figueiredo.
Com menos de 10% dos equipamentos instalados, Cuiabá conta atualmente com cinco lombadas eletrônicas, onze radares fixos e três avanços semafóricos. A previsão é que até dezembro deste ano todos estejam em funcionamento. O valor total de investimentos é de quase R$ 40 milhões.
Questionado sobre uma possível convocação para esclarecimento junto a Câmara de Vereadores de Cuiabá, o secretário demonstrou tranquilidade. “Antes mesmo de os radares serem instalados eu estive lá e apresentei uma pesquisa da Associação Brasileira de Equipamentos de Fiscalização de Trânsito, que revela que apenas 3% dos motoristas se incomodam com os radares. É dever dos vereadores fiscalizar, mas estamos tranquilos porque tivemos cuidado e fizemos tudo dentro da lei”.
Para a implantação dos equipamentos, a SMTU teve que cumprir as exigências contidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado junto ao Ministério Público Estadual (MPE).
No início da instalação da tecnologia, a secretaria de trânsito a emitia multas educativa. Durante esse período foram registradas mais de duas mil somente na lombada instalada na avenida Beira Rio, em Cuiabá.