O ex-bicheiro mato-grossense João Arcanjo Ribeiro, preso há 8 anos em penitenciária federal, não morreu, conforme boatos que “correram” neste domingo (30) pelas redes sociais. O Ministério da Justiça garantiu que ele está vivo e preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Arcanjo teria passado mal na cadeia e levado ao hospital, onde estaria internado, mas esta informação não foi confirmada pela penitenciária e nem pelo Ministério. Os advogados de Arcanjo, Zaid Abid e Paulo Fabrinny, procurados para tratar do assunto, não atenderam às ligações.
Arcanjo faz tratamento contra um câncer na próstata. Após 8 anos preso e após o câncer, a cada vez que se apresenta ao Judiciário mostra-se mais debilitado. As condenações que tem até hoje somam mais de 60 anos de prisão e funcionam, somadas, na prática, como uma prisão perpétua.
Só pela morte do empresário Rivelino Brunini e de Fauze Rachid Jaudy, além da tentativa de homicídio de Gisleno Fernandes. foi condenado, em setembro do ano passado (2015), a 44 anos e dois meses de prisão em regime fechado. Este crime ficou marcado porque ocorreu em plena luz do dia, por volta das 15 horas, próximo à Clínica Femina, em Cuiabá. O pistoleiro Hércules, também condenado, surpreendeu as vítimas a tiros.
Arcanjo já havia sido condenado em 2013 pela morte do empresário Sávio Brandão, executado em frente ao jornal Folha do Estado, do qual a vítima era dono.
Considerado o maior chefe do crime organizado de Mato Grosso, cumpriu boa parte das penas na Penitenciária Federal de Campo Grande, mas, há cerca de 7 meses, foi transferido. Na penitenciária, a coordenação informou que não tem autorização para passar informações sobre presos. Arcanjo foi preso em 2002 na Operação Arca de Noé, da Polícia Federal.