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Morre Uli Grabert um dos principais fundadores de Sinop e mais 3 cidades

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Morreu, esta noite, Ulrich Ebherard Grabert, o braço direito dos colonizadores Enio Pipino e João Pedro de Carvalho, na fundação das cidades de Sinop, Vera, Santa Carmem e Claudia, na década de 70. Uli, como era conhecido, estava hospitalizado em Sinop, há algumas semanas. Ele tinha 82 anos. No atestado médico consta que a causa morte é em decorrência de choque séptico. Ele também estava com trombose.

A Funerária Sauer informou, ao Só Notícias, que Uli está será velado, até o meio-dia, na capela Sauer, na avenida dos Jacarandás. No início da tarde, será trasladado para o município de Ubiratã, no Paraná (cidade que ele ajudou a fundar na década de 50).

•Clique aqui e leia a repercussão da morte de Uli

Ullrich Grabert também faz parte da história na fundação de cidades paranaenses. Ele participou, na década de 50, da fundação de Iporã, Terra, Rica, Jesuíta e Ubiratã, também sob a liderança de Enio Pipino e João Carvalho. Ele chegou na região que se tornaria Sinop quase início na decada de 1970, vindo Paraná, após o aval ao grupo dos colonizadores (para o qual trabalhava desde 1952, com sede no Paraná), para colonizar a região. Topógrafo, inicialmente foi a Cuiabá para comprar uma fazenda, a pedido de Ênio Pipino, um dos donos da empresa, mas viu que a aquisição na seria viável devido as dificuldades para transporte do gado.

Segundo Uli, foi então que conheceu Jorge Philipe, também vindo do Paraná, que disse que precisava vender terras na região que se tornaria Sinop, à época território de Chapada dos Guimarães. O local foi sobrevoado. “Levei as informações para Maringá. Ênio e João Pedro Moreia de Carvalho voltaram comigo, sobrevoaram e gostaram. Ênio foi a Brasília se informar sobre a colonização”, afirmou. “Em 1969 olhamos a área e 1970 começamos entrar”, contava Uli.

Primeiro foi fundado o município de Vera, em 1972. Depois,  Sinop em 1974. Santa Carmem foi criada em 1975 e, Claudia, em 1978. Uli  explicou o motivo da colonização. “Por que da colonização no Mato Grosso do Norte? Seu Ênio achava que todos clientes dele que queriam ir para o Paraguai, tinha que colocar no Brasil de novo”, disse, ao lembrar a grande ida de brasileiros para o país vizinho, ressaltando que muitos chegaram a ficar sem emprego ou não tinham direitos.

Uli foi escalado por Enio Pipino para ser o gerente da Colonizadora Sinop e ficar na linha de frente na execução do plano de construir Sinop – escolas, postos de saúde, abrir estradas, formar bairros. “A primeira casa, não posso dizer ao certo, se foi do Osvaldo de Paula ou do Gauchinho, um dos dois. Tanto um como outro montou um comércio. Depois veio a família Trierweiler. Para dar garantia, evitar o que aconteceu nas outras colonizações, aparecer os portugueses e montar um armazém, explorar a sociedade, fizemos um armazém Sinop, Vera e Carmem […] O segundo passo foi criar um hospital, onde depois virou a Rádio Celeste, mas foi primeiro. Fomos bem infelizes com a vinda de 3 médicos, não funcionaram. Depois vieram outros e Sinop se tornou viável. A escola por exemplo, devemos muito às irmãs do Sagradoo Coração, que vieram de Maringá, para a primeira unidade, que se chamava Nilza de Oliveira (em homenagem a esposa de Enio Pipino)”.

Grabert  ainda ressaltou contato com os pioneiros e colonizadores Ênio Pipino, João Pedro Moreira, Padre João Salrini e Dom Henrique, primeiro bispo. “Seu João foi o responsável pela minha vinda para o grupo em 1952 […]. Ênio foi um grande colonizador, até compadre, batizou minha filha, tivemos convivência harmoniosa […]  Padre João (Slarini) foi meu mentor espiritual, eu que trouxe ele de Diamantino. Antes disso tínhamos trazido por intermédio dos Jesuítas o Padre Antônio, que foi para Vera […]”.

Em uma das últimas entrevistas, ele também enalteceu a coragem dos colonizadores e pioneiros. “Tenho que fazer uma coisa, agradecer aquelas pessoas que em 1972 até 77, 78, chegaram aqui, realmente foram os heróis. Se não houvesse essas pessoas, eu não estaria aqui, nenhum de nós”, disse. “Se não fosse o povo, como diz o ditado, uma andorinha sozinha não voa. Então, devo a todos que vieram juntos, sofremos, no início teve malária, eu mesmo tive 10. Mas hoje sou vencedor, sou um dos poucos que vieram e continuo na minha casinha, primeira de alvenaria e de tijolo fabricado aqui, por sinal (avenida das Sibipirunas). Vivo aqui e vou acabar por aqui”.

E a vontade de Uli foi feita. Ele residiu na cidade que fundou, por mais de 40 anos.

Uli Grabert, protagonista e um dos principais expoentes da histórica de Sinop, lembrou de fatos interessantes na fundação de Sinop, em entrevista ao programa Claudio Alves Sem Censura, em 2010 e também veiculado em Só Notícias.

Assista alguns trechos

 

 

 

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